https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2021/09/Sem-titulo-24.png

RELEMBRE O CASO

Delegado revela ligação de Abílio para flagrar suposta compra de voto

DA REDAÇÃO / LEONARDO MAURO
[email protected]

reprodução

O delegado Lindomar Tóffoli, revelou durante reunião com a Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa, que o ex-vereador e candidato derrotado nas urnas para prefeito da Capital, em 2020, Abílio Brunini (Podemos) ligou para ele por volta da 1h30 da manhã, pedindo que o delegado fosse até a casa do vereador Juca do Guaraná (MDB), fazer um flagrante de compra de votos, por parte do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), para realizar a cassação do então vereador na Câmara Municipal de Cuiabá.

“A questão do Abílio, o que aconteceu aquela situação dele lá que ele iria ser caçado, parece que teve uma reunião na casa do Juca do Guaraná, ele me ligou de madrugada, era 1h30 da manhã mais ou menos, pedindo para que eu fosse fazer um flagrante na casa do Juca do Guaraná, aí perguntei se ele tinha provas, aí ele me mandou uns vídeos, depois saiu na imprensa, vídeos que não dizia nada com nada, eu falei para ele que não tinha razão para aquilo ali”, revelou Lindomar.

Após suas declarações na tarde desta terça-feira (14), em depoimento à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Tóffoli disse que não foi ele que atendeu a denúncia feita pelo ex-vereador. “Quando foi para a delegacia, já não foi eu que atendi, então não posso falar a respeito disso”, respondeu o delegado aos parlamentares.

Relembre a polêmica 

A servidora da Saúde Municipal Elizabete Maria de Almeida, admitiu em depoimento, que participou de uma “armação” contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), as declarações foram dadas na manhã de 07 de janeiro de 2020, na Delegacia de Combate aos Crimes de Corrupção (Deccor).

Elizabete havia acusado o prefeito de subornar vereadores de Cuiabá, e confessou que não esteve na casa do Juca do Guaraná.

No boletim de ocorrência, ela relatou que esteve na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante) e presenciou a suposta propina aos vereadores, para agilizar a cassação de Abílio Júnior (PSC), que responde a um processo na Comissão de Ética da Câmara.

Ela teria também, entregado imagens ao delegado José Ricardo Garcia Bruno, responsável pelo inquérito. E nos vídeos, estaria um encontro da servidora com o vereador Abílio no Hotel Delmond, na noite de 26 de novembro.

Após o caso vir à tona, a servidora, que atua no Recursos Humanos do Hospital São Benedito, foi afastada do trabalho até dia 11 de janeiro alegando problemas psiquiátricos.

Desdobramentos do caso 

Após tomar conhecimento das acusações, Emanuel Pinheiro protocolou na Assembleia um pedido para que fosse investigada uma suposta tentativa de articulação na Polícia Civil, visando lhe prejudicar.

Emanuel entregou um documento aos deputados Eduardo Botelho (DEM) e Janaina Riva (MDB), relatando que dois delegados teriam recebido a incumbência de “incriminá-lo” com base em um boletim de ocorrência feito pela servidora.

Os delegados, segundo relatou o prefeito, seriam Lindomar Tofoli e Anderson Veiga. Eles teriam sido expressamente orientados a lhe “detonarem”, alegou Emanuel.

Os delegados, no entanto, não teriam visto base sólida nas acusações da servidora e teriam-se posicionado contra iniciar a investigação.

Agora, o presidente Eduardo Botelho deve dar encaminhamento à denúncia de Emanuel, seja para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou o encaminhamento dos supostos atos ao Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE).

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO

  • 15 de setembro de 2021 às 21:13:29
  • 15 de setembro de 2021 às 18:50:34