DA REDAÇÃO/GABRIEL RODRIGUES - DO LOCAL/LUIZA VIEIRA
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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), afirmou na manhã desta quarta-feira (15), que não acredita que seja necessário instaurar uma CPI para investigar a suposta interferência do Governo na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), para ‘perseguir’ opositores.
“Eu não acredito nisso. Eu acho que tem que ser investigado pela própria Polícia Civil, pela Corregedoria da Polícia Civil, pelo Ministério Público, se realmente e até que ponto existe isso. Nós não podemos aceitar interferência em investigação nenhuma. Eu acho que isso não condiz com o processo democrático”, disse ele.
A fala do presidente foi realizada após ser questionado sobre o depoimento do delegado Lindomar Tóffoli, nesta última terça-feira (14), na ALMT, que afirmou ter ocorrido um constrangimento, mas não poderia provar.
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Segundo Max, cabe ao órgãos competentes investigarem, não há Assembleia. “Então, se houve e teve uma denúncia, eu acho que os órgãos tem que instaurar [uma investigação], a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), abrir uma CPI para algo especifico nesse sentido eu particularmente, não acho que é o momento disso”, finalizou ele.
DEPOIMENTOS
O delegado Lindomar Tóffoli, revelou na tarde desta terça-feira (14), durante depoimento à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), poucos detalhes sobre o suposto uso da máquina pública para investigar opositores do governo, e se poupou somente a pontuar que houve uma situação, porém não poderia provar.
“É, teve uma situação sim. Mas eu não tenho como provar”, disse ele.
O delegado foi incluído como testemunha em uma denúncia feita por Pinheiro sobre suposta interferência política do Governo do Estado na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para prejudicar o chefe do Executivo Municipal cuiabano, Emanuel Pinheiro.
Tóffoli disse que também já foi retirado do seu cargo anteriormente, a pedido do ex-governador Silval Barbosa por investigar políticos.
STRINGUETA
No dia 24 de agosto de 2021, o delegado Stringueta reafirmou a suspeita de interferência política na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para prejudicar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e disse ser “bem concreta”.
“Eu disse [durante depoimento] que a possibilidade de ter havido interferência política nesse caso é bem concreta. Eu disse que a interferência política nos meios policiais existe, que o cargo do delegado-geral é do governador. Se o delegado-geral quiser continuar no cargo, ele tem que atender pedido do governador. São pedidos que são uma ordem”, declarou o delegado.