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INVESTIGAÇÕES

CPI da Pandemia deve apontar empresário bolsonarista como financiador de fake news

Bárbara BaiãoRachel Vargasda CNN

A CPI da Pandemia tem em mãos documentos que indicariam uma atuação extensa do empresário Otavio Fakhoury em uma suposta rede de financiamento de disseminação de notícias falsas. O depoimento dele está previsto para esta quinta-feira (30).

“Em documentos obtidos por esta CPI, o senhor Otávio Fakhoury foi identificado como o maior financiador dos canais de disseminação de notícias falsas, como o Instituto Força Brasil, Terça Livre e Brasil Paralelo. Esses canais estimularam o uso de tratamento precoce sem eficácia comprovada, aglomeração e diversas outras fake news sobre a pandemia”, ressaltou Randolfe.

O empresário é vice-presidente do Instituto Força Brasil, apontado em depoimentos e documentos da CPI como a organização responsável por apresentar representantes da Davatti ao Ministério da Saúde.

Ele também é presidente do PTB de São Paulo e aliado do ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Troca de mensagens

Para a CPI, os depósitos e supostos favores financeiros são verificados a partir de trocas de mensagens obtidas pela comissão por meio de quebras de sigilo. Em uma delas, Fakhoury recebe um pedido de Allan dos Santos, responsável pelo canal Terça Livre, para arcar com os honorários do advogado do blogueiro. O pedido, segundo a CPI, foi atendido.

Ele também teria destinado recursos ao canal Brasil Paralelo e ao Instituto Força Brasil, organização que entrou na mira da CPI por divulgar notícias contrárias às medidas de restrição da pandemia. Um organograma ao qual a CNN teve acesso revela que o instituto foi beneficiado com mais de R$ 310 mil.

Entre os envolvidos nas tratativas alvo da investigação está o Instituto Conservador Liberal, idealizado por um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A organização política teria recebido do empresário, em julho deste ano, R$ 65 mil.

Desde o ano passado, Fackoury se tornou alvo também de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal, o das Fake News e dos Atos Antidemocráticos. As fake news e seus impactos na pandemia estão entre as linhas de investigação da CPI da Pandemia que irá reservar em seu relatório final um capítulo inteiro dedicado ao tema.

CNN procurou Otávio Fackoury, o instituto Força Brasil, o canal Brasil Paralelo e o Instituto Conservador Liberal, mas não obteve retorno.

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  • 28 de setembro de 2021 às 20:48:09
  • 28 de setembro de 2021 às 20:39:52