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O empresário Luciano Hang negou, nesta quarta-feira (29/9), as acusações de que o prontuário e a certidão de óbito da mãe, Regina Hang, foram fraudados pela operadora de saúde Prevent Senior para supostamente ocultar a causa da morte por Covid-19. “Tudo legalmente certo”, resumiu.
O bolsonarista alegou que a comissão foi “induzida ao erro” pela advogada Bruna Morato, representante de médicos que atuavam empresa e elaboraram dossiê com denúncias à conduta da Prevent Senior no tratamento de pacientes com a doença pandêmica.
Em oitiva na terça-feira (28/9), a depoente relatou que médicos eram obrigados pela operadora a receitarem medicamentos ineficazes contra a Covid-19 aos pacientes. A empresa também desestimulava o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
“Vocês foram induzidos ao erro. A Prevent Senior foi uma escolha minha, baseada nos amigos médicos que eu tinha”, explicou o empresário.
Hang também defendeu os medicamentos comprovadamente ineficazes contra o coronavírus. “Eu faço [uso desses fármacos] ainda e fiz durante a pandemia. Tomava meus remédios para blindar as células. Se eu soubesse que tinha uma tribo indígena lá na Amazônia que curava Covid, eu levava ela [minha mãe] para lá”, completou.
O empresário destacou que a mãe tinha uma série de comorbidades, que agravaram o quadro de saúde. “Minha mãe era cardíaca, tinha insuficiência renal, diabetes altíssima. Mas nós não fazíamos tratamento preventivo”, relatou Hang.
Em depoimento aos senadores, a advogada informou que a mãe do empresário recebeu os medicamentos hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e colchicina. “Segundo consta no prontuário, ela fez uso do tratamento preventivo”, disse a depoente.