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Técnica de multiplicação da abelha uruçu é apresentada para produtores

Empaer/MT

A abelha uruçu boca-de-renda tem uma ótima característica: não ferroa. Sem oferecer perigo ao meliponicultor e horticultores, por isso, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural – Empaer/MT – vem desenvolvendo junto a produtores de Juína (a 735 km de Cuiabá) uma técnica de multiplicação do inseto no intuito de produzir mais mel. Na prática, aumenta o número de colônias sem a necessidade de destruir árvores para ampliar o plantel, através da tecnologia de produção de minicolônias.

Produtores do Distrito de Fontanillas e representantes da comunidade indígena Rikbaktsa já participaram de uma demonstração de produção de minicolônias e de duas visitas técnicas que acompanham a evolução da colônia até a fase de consolidação, quando a colônia já possui sua rainha com posturas recentes.

O agrônomo da Empaer Claudir José Rubenich explica que a uruçu boca-de-renda por ser dócil é de fácil manejo, vem despertando interesse de novos produtores da região. “Ela tem um grande potencial tanto de polinização quanto na produção de mel, no entanto, sua multiplicação e manejo em caixas racionais ainda é pouco conhecida”, define ele.

Claudir destaca que o objetivo do trabalho foi demonstrar o método de multiplicação da abelha em caixas racionais, com dimensões internas de 18x18x8 centímetros. Consistiu na separação e divisão de ninho, sobre ninho e a melgueira.

“As caixas racionais são importantes. Facilita o manejo de rotina, a colheita do mel, além de facilitar futuras divisões da colônia”.

O técnico lembra que encontrou a colônia em um meliponário com outras 18 colônias que estavam em caixas rústicas fora das dimensões recomendadas e, em processo avançado de decomposição.

“A multiplicação da colônia consistiu em transferir para nova caixa, com ninho e sobre ninho, três discos de crias nascentes em fase de pupa, ou seja, próximas a nascer. A caixa foi devidamente fechada e vedada ao máximo para evitar ataques de inimigos, como forídeos. Entre 15 a 20 dias esse ninho irá eleger nova rainha que após sua fecundação seguirá a postura, enfim, estabelecer uma nova colônia”, sintetizou Claudir.

A iniciativa busca, segundo o agrônomo, mostrar aos produtores e estimular as comunidades indígenas sobre a técnica como uma fonte de renda garantida.

Empaer/MT

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