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CORTES UNILATERAIS

Distribuidoras veem risco de desabastecimento por causa de cortes da Petrobras

METRÓPOLES / TALITA LAURINO
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Tchélo Figueiredo - SECOM/MT

A Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) divulgou nota, nessa quinta-feira (14/10), na qual afirma que diversas empresas filiadas foram avisadas pelo setor comercial da Petrobras sobre cortes unilaterais nos pedidos de fornecimento de gasolina e óleo diesel para novembro deste ano.

Segundo a Brasilcom, os cortes chegam a 50% em alguns casos. A entidade afirma que a medida coloca o país “em situação de potencial desabastecimento, haja vista a impossibilidade de compensar essas reduções de fornecimento por meio de contratos de importação, considerando a diferença atual entre os preços do mercado internacional, que estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil”.

A associação diz também que já comunicou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a respeito do potencial problema.

De acordo com as empresas filiadas, os preços praticados pela Petrobras vêm afugentando importadores. Ao mesmo tempo, a companhia não tem conseguido atender a demanda das distribuidoras.

A afirmação, contudo, é refutada pela estatal. “A Companhia esclarece que as suas refinarias estão operando normalmente e segue atendendo integralmente os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos e prazos vigentes”, escreveu, em nota, ao Metrópoles.

Veja a íntegra da nota da Brasilcom:

CORTE DE COTAS, REALIZADO PELA PETROBRAS, AMEAÇA O PAÍS DE DESABASTECIMENTO

No último dia 11 de outubro, diversas distribuidoras de combustíveis filiadas à Associação das Distribuidoras de Combustíveis – BRASILCOM receberam comunicados do setor comercial da Petrobras informando uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel para o mês de novembro/2021.

As reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento, haja vista a impossibilidade de compensar essas reduções de fornecimento por meio de contratos de importação, considerando a diferença atual entre os preços do mercado internacional, que estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) já foi comunicada do potencial problema, através de diversas correspondências enviadas pelas distribuidoras ao endereço eletrônico movimentaçõ[email protected], identificado pela ANP como o canal apropriado para o envio de informações sobre esse tipo de situação.
Apesar de totalmente favorável ao programa de desinvestimento de ativos da Petrobras, a BRASILCOM considera este momento um exemplo do que pode vir a ocorrer caso as autoridades governamentais não se preocupem em estabelecer regras claras para a atuação dos novos proprietários das refinarias e sistemas de logística desinvestidos pela Petrobras, de modo a evitar o estabelecimento de condições comerciais com preferências a determinados clientes, desequilibrando o ambiente concorrencial do mercado de combustíveis.

A BRASILCOM, em seu papel de representar mais de quarenta empresas do setor de distribuição de combustíveis, e buscando, como sempre, garantir o abastecimento nacional e salvaguardar a manutenção de um mercado de combustíveis saudável, sem desequilíbrios e transtornos a toda sociedade civil, espera que os órgãos governamentais, face à gravidade do tema, ajam com a costumeira eficácia, implementando as medidas necessárias para evitar a perspectiva de desabastecimento.

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