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APONTA PESQUISA

Pandemia diminui preocupação dos consumidores com clima

Reprodução/ Reuters

No momento em que as discussões sobre o impacto das mudanças climáticas estão latentes, uma pesquisa do Ipsos, divulgada com exclusividade para a CNN, mostra que o número de pessoas que modificaram os hábitos de consumo por preocupação com o meio ambiente caiu 13% no último ano.

Em janeiro de 2020, 69% dos entrevistados afirmaram ter modificado algum hábito por preocupação com as questões climáticas.

Já na pesquisa realizada entre setembro e outubro deste ano, apenas 56% responderam que mantêm essa preocupação. Foram ouvidos 23 mil adultos, em 29 países.

Para os pesquisadores, os dados sugerem que, como os consumidores tiveram que mudar seus hábitos diários para se proteger do coronavírus, eles ficaram menos preocupados com o impacto ambiental de seu comportamento.

Apesar do recuo, o presidente da Ipsos, Marcos Calliari, conversou com a CNN e explicou que o número de pessoas que se preocupam sobre como seu modo de agir impacta o meio ambiente ainda é alto, e mostra que, mesmo com outras preocupações mais urgentes, a importância da preservação do meio ambiente não vai se dissipar.

“No Brasil, ainda são 53% das pessoas afirmando que mudaram algum hábito exclusivamente por preocupação com as mudanças climáticas. Isso acontece no Brasil, e no mundo. Então, mesmo com as urgências da pandemia, as preocupações com as medidas de proteção não apagaram esse assunto.”, explica Callliari.

Segundo o levantamento, o hábito mais comum é a reciclagem, praticada por 46% dos entrevistados. Entretanto, entre os brasileiros, esse hábito ocupa a quinta posição.

No Brasil, evitar desperdício de comida e economizar energia e água são os hábitos mais comuns para preservar o meio ambiente.

Para Marcos Calliari, por conta da crise econômica no Brasil, em muitos momentos, a preocupação com as mudanças climáticas ficaram em segundo lugar.

“O impacto econômico no Brasil foi muito mais sentido. Os brasileiros sentiram muita preocupação com a saúde mental, ansiedade e depressão. Então, se atentar a esse consumo, fica obviamente em segundo lugar.”, explica.

Ainda de acordo com os dados, as mulheres geralmente são mais propensas do que os homens a alterar o comportamento por causa das preocupações climáticas, como evitar jogar alimentos, economizar água em casa, comprar menos coisas novas e evitar produtos que tenham muita embalagem.

Os países onde os consumidores estão mais propensos a adaptar o consumo para combater as mudanças climáticas são Índia, Mexico, Chile e China. Entre os menos propensos estão Japão, Rússia, Estados Unidos e Holanda.

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  • 8 de novembro de 2021 às 12:12:54