DA REDAÇÃO/MATO GROSSO MAIS
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O principal líder do Podemos no País, senador Alvaro Dias (PR), afirmou na manhã desta quinta-feira (11), durante entrevista à Rádio Capital FM, que a sigla não vai liberar o deputado federal José Medeiros para apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que irá se filiar ao PL.
A fala do senador foi realizada porque a sigla oficializou nesta semana a filiação do ex-juiz federal Sérgio Moro, visando uma candidatura à presidência da República em 2022.
Antes disso, Medeiros chegou a afirmar que pediria autorização para apoiar Bolsonaro no próximo pleito ou analisaria a troca de partido.
“O deputado de Mato Grosso não compareceu à reunião da bancada com o Sérgio Moro, não compareceu ao evento [de filiação] e não há nenhuma autorização para deslealdade. No Podemos, não há autorização para traição”, afirmou ele.
O senador afirmou que Medeiros está convidado a se retirar. Entretanto, não citou autorização para troca partidária antes da janela eleitoral de março de 2022, que permite a mudança sem que se incorra em infidelidade partidária.
“Com toda tranquilidade e respeito às convicções pessoais, a porta da entrada é também a porta da saída. Se o projeto do Podemos não serve, se for por falta de adeus, até logo. É preciso ser feliz onde se encontra, se não é feliz onde está, por favor, se despeça. Faça esse favor”, disse.
“Nós não vamos admitir comportamentos que não sejam o de lealdade. Vem aí a janela, no mês de março, que possibilita a troca de partidos dos parlamentares. Então, não há nenhuma razão para permanecer infeliz, insatisfeito. Vá defender a sua bandeira, onde desejar. Está liberado para carregar a sua bandeira”, acrescentou.
Segundo Alvaro Dias, os que escolherem permancer no partido deverão apoiar a eventual candidatura de Moro.
Em 2018, já havia um atrito entre o senador e Medeiros. Isso porque, o parlamentar mato-grossense apoiou a candidatura de Bolsonaro, em detrimento a de Dias, que também concorreu à presidência, mas acabou em nono lugar.
“Aqui, no Podemos, há um projeto, um projeto de nação, temos responsabilidade. Quem se apaixonou pelo Bolsonaro, que siga sua paixão. Mas, há o lugar adequado para se exercitar essa paixão”, completou.