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POSICIONAMENTO

Setor privado celebra acordo na COP26, mas cobra governo

REPRODUCAO

Os quase 200 países presentes na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP26) aprovaram neste sábado (13) um texto para acelerar a luta contra a mudança climática.

Logo após o anúncio, feito pelo presidente da conferência, Alok Sharma, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), entidade que reúne quase metade do PIB brasileiro, celebrou o resultado, mas cobrou ações do governo brasileiro.

“A pressão do setor empresarial, que se posicionou de maneira contundente nesta COP – reunindo em um posicionamento 119 CEOs e 14 instituições do setor privado em torno dos principais pontos da pauta -, junto à expressiva participação da sociedade civil, academia, ambientalistas, indígenas e jovens, produziu resultados positivos”, diz uma nota do CEBDS.

Em outubro, um grupo de 107 empresas e 10 entidades lançou o documento ‘Empresários pelo Clima’, no qual defendiam medidas para uma economia de baixo carbono e assumiam responsabilidades nessa transformação.

“Agora esses anúncios precisam ser acompanhados de medidas práticas para que tenham credibilidade. Entre elas, o combate ao desmatamento ilegal, a votação da NDC anunciada, a criação de um mercado de carbono regulado doméstico e a implementação do Código Florestal. Para tanto, é necessário um diálogo estruturado com o setor empresarial e com a sociedade para construção conjunta da agenda interna”, continua a nota, em tom de cobrança.

Para o CEBDS, a regulamentação do mercado global de carbono mostra que o caminho para aumentar ainda mais a ambição climática passa também pela utilização de instrumentos de mercado.

“A decisão sinaliza um passo importante para uma retomada econômica verde no Brasil porque cria uma oportunidade para o setor empresarial se engajar no comércio global de emissões rumo à neutralidade climática (…) Mas a regulamentação do mercado global não pode se confundir com o mercado regulado que precisamos criar no Brasil. A ausência de um mercado regulado doméstico vai gerar prejuízos e perda de competitividade internacional para as empresas brasileiras. Elas não conseguirão assegurar que produzem seguindo exigências de proteção climática adotadas no mercado mundial e poderão enfrentar barreiras comerciais climáticas”, concluí o texto.

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  • 14 de novembro de 2021 às 02:51:11