DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O delegado da Polícia Civil Maurício Maciel Pereira afirmou que a menina Maria Vitória Lopes dos Santos de apenas dois anos, que foi morta, estuprada e torturada pelo tio, o qual estava com a guarda da menor, nunca foi vítima de maus-tratos por parte dos pais biológicos. O que aconteceu foi que o Conselho Tutelar entregou a criança ao tio após a separação dos pais que abandonaram a garota.
“Os pais biológicos são pessoas da roça, eles se separaram daí a mulher foi embora da casa deixando as crianças (Maria Vitória e o irmão de 4 anos) com o pai. Como ele não teve condições de cuidar, ele deu as crianças para uma prima materna das crianças. Não teve nada relacionado à violência. Foi uma desestruturação familiar pela separação”, explicou.
O delegado relatou ainda que não havia entendimento entre a sobre quem deveria ficar com a guarda da menia e que, por isso a Justiça decidiu por entregar os irmãos um a cada tio materno.
A pequena Maria Vitória Lopes dos Santos, de 2 anos, morreu no Pronto-Socorro de Várzea Grande no dia 8, após dar entrada com sinais de estupro e traumatismo craniano. Os réus do crime são os pais adotivos, que também são tios dela, Aneuza Pinto Ponoceno e Francisco Lopes da Silva. Os dois estão presos.
A criança estava com o casal há quase cinco meses. No decorrer desse período, ela foi torturada e estuprada rotineiramente.
Em meio ao interrogatório de Aneuza, ela detalhou toda brutalidade à qual Maria Vitória foi submetida. Conforme ela, a criança era estuprada pelo tio duas vezes na semana, era obrigada a desfilar nua pela casa, privada de alimentação e ainda apanhava com corda.
“Várias testemunhas já foram ouvidas e eu tenho um prazo para concluir esse inquérito. Uma força tarefa foi feita aqui na delegacia e o caso deve ser concluído nos próximos dias”, declarou.
A Justiça de Mato Grosso converteu a prisão em flagrante do casal em preventiva. Na audiência de custódia, a defesa de Aneuza chegou a alegar que ela também teria sido vítima de Francisco e tentou converter a prisão em medidas cautelares, no entanto foi negado pela juíza Glenda Moreira Borges.