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GÁS METANO

Estrume de porcos se transforma em energia em fazenda de MT

CNA Brasil

O gás metano emitido em uma fazenda com produção aproximada de 550 mil suínos por ano, está sendo usado para produção de energia limpa em uma propriedade rural de Ipiranga do Norte (MT). Os dejetos dos animais são utilizados como matéria-prima para geração de energia elétrica renovável e produção de adubo natural.

Com a iniciativa, o produtor Paulo Franz tem neutralizado a emissão de gases prejudiciais ao meio ambiente.

Ele explicou que os dejetos dos suínos são enviados para biodigestores, onde o gás metano é transformado em biogás.

“Os demais dejetos que não viraram gás viram biofertilizantes. Com isso irrigamos via pivô ou canhão várias lavouras de soja, milho ou algodão e pastagem”.

De acordo com o presidente da comercialização de energia, Eduardo Leite, a fazenda de Franz deixa de jogar 3,6 mil toneladas de metano por ano no meio ambiente.

“O grande ponto do projeto é a questão ambiental, parte desse metano que seria lançado na atmosfera é direcionado a produção de energia”, disse Eduardo.

O produtor explica que, sem a produção de energia sustentável, chegava a gastar 800 mil por mês com energia elétrica. Atualmente, ele gasta um terço do valor.

“Hoje temos lavouras que não usam nenhum produto químico só oriundo de dejetos, então vira uma conta muito positiva”, disse.

A expectativa é de que 3 MW de energia sustentável sejam produzidos na fazenda até o início do ano que vem. Aproximadamente, 8 mil casas são atendidas com a energia produzida.

“Com esse processo conseguimos a pegada de carbono negativa. Uma fazenda desse tamanho, se fosse só grão, talvez trabalhassem 30 pessoas. Imagino que estamos aqui semeando um legado”.

Produção de suínos

A produção de carne suína aumentou em 7,1% em Mato Grosso em 2020, enquanto a bovina diminuiu 7,2%, no mesmo período, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mato Grosso ocupou a 5ª posição no ranking nacional de abate de suínos, no ano passado.

Segundo o boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), baseado nos dados do IBGE, no acumulado do ano houve redução de 10,6% no abate e 7,2% na produção de carne bovina no estado.

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