De acordo com o economista Feliciano Azuaga, na região Centro-Oeste, houve aumento dos preços das commodities.

“Enquanto algumas regiões tiveram excelentes resultados devido ao aumento do preço das commodities, o que é o caso da região Centro-Oeste e outras regiões do Brasil. Na região Sul, houve alguns problemas relacionados ao clima”, explica.

A falta de insumos agrícolas no mercado também trouxe impacto. Para uma empresa de distribuição desses produtos, a crise energética na China afetou a produção, principalmente, de defensivos agrícolas.

De acordo com o diretor executivo da empresa Henrique Alexandre Mazardo, a China e a Índia são os principais produtores dos defensores agrícolas.

“O Brasil importa mais de 40% de químicos da China e da Índia, que são os principais produtores, e temos restrições nesses dois países. Uma restrição com relação a crise energética na China, que vem cortando dias de produção das fábricas para que eles possam atingir as metas de carbono. A situação se agrava ainda pela crise de logística e a falta de contêineres para embarcar esses produtos para o Brasil”, contou.

A escassez aumenta o preço do produto e a estimativa é que as próximas safras fiquem mais caras. Segundo especialistas, essa retratação no setor impacta diretamente a vida do consumidor.

O combustível do transporte, seja da produção ou dos insumos, é mais um peso para o agronegócio. Ainda de acordo com o economista, a inflação é o principal fator para os produtos subirem.

“Primeiro fator é o aumento da inflação porque quando o agro vai mal a produção vai mal e você tem uma dificuldade de adquirir alimentos no Brasil e os preços desses produtos alimentícios sobem. Então acaba ficando mais caro o almoço, jantar e o café da manhã. Isso impacta no mercado energético porque o etanol hoje é a principal fonte, se os preços sobem também fica mais caro para abastecer o tanque de combustível”, disse.

Para o quarto e último trimestre de 2021, a expectativa é de uma pequena reação. De acordo com o analista de mercado Rodrigo Santos, o que ainda deve impactar é a carne que continua com as exportações para a China suspensas.

“Para o quarto trimestre, os impactos ainda devem ser negativos devido a exportação da carne. Por outro lado a expectativa é o período climático favorável para as culturas de soja e algodão”, contou.