https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2021/12/home-office-aula-a-distancia-notebook-23052021154311680-1.jpeg

ESTABILIDADE

Após altas seguidas, produção de notebooks pisa no freio em 2022

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Com a obrigatoriedade do home office em vários setores da economia durante a pandemia da Covid-19, os computadores portáteis ganharam outro status entre os consumidores e venderam como nunca.

Antes de a Covid chegar ao mundo, em 2019, foram entregues ao mercado nacional pelas indústrias, segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), 4,12 milhões de notebooks. Nos doze meses seguintes, já com o novo coronavírus no país, o número subiu para 5,02 milhões (aumento de 22%). Em 2021, a projeção é fechar dezembro com 6,79 milhões de notebooks vendidos (35% mais que no ano anterior).

Em comparação, as vendas dos computadores de mesa (desktops), mais comuns nos ambientes de trabalho, caíram 20% em 2020, mas voltaram a subir 24% em 2021, recuperando as perdas com a retomada parcial da economia.

Para o ano que vem, a tendência projetada pela Abinee é que os notebook se mantenham no patamar de unidades produzidas em 2021 (6,7 milhões).

O faturamento do segmento de informática, no qual estão notebooks, desktops e tablets, deve recuar 5% nos próximos doze meses.

“É natural que isso ocorra depois de dois anos de muito crescimento, em 2020 e 2021”, explicou o presidente-executivo da Abinee, Humberto Barbato, durante a apresentação dos dados.

Em 2020, o faturamento das indústrias com produtos de informática foi de R$ 34,83 bilhões. Em 2021, de R$ 47,24 bilhões (36% mais, ou 17%, descontada a inflação calculada para o setor).

Para 2022, apesar de o valor bruto, de R$ 47,80 bilhões, ser 1% maior, ele se torna 5% negativo com a retirada das perdas inflacionárias projetadas para o IPP (Índice de Preços ao Produtor), do IBGE.

Financeiramente, somando-se todos os segmentos, a indústria eletroeletrônica não tem do que reclamar do período de crise sanitária. O faturamento esperado em 2021 é de R$ 214,2 bilhões, com crescimento real (descontada a inflação) de 7% na comparação com 2020. O resultado é 6% maior do que o obtido em 2019, segundo a Abinee.

“Apesar das dificuldades remanescentes da pandemia e das instabilidades do cenário econômico, conseguimos voltar aos níveis de 2019, com crescimento no faturamento e na produção do setor”, afirma Barbato.

O setor também criou mais vagas de trabalho durante a pandemia. Em 2019 havia 234,5 mil empregos diretos. Em 2020, o número aumentou para 247,3 mil e deve encerrar este ano com 266 mil.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *