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PESQUISA

Governo de MT investe em biomembrana para reparar queimaduras

Profa UFMT Paula Cristina de Souza Souto

Um projeto de pesquisa financiado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), estuda produtos naturais para o reparo e cicatrização de lesões na pele na forma de uma biomembrana vegetal.

A pesquisa é coordenada pela doutora em genética e biologia molecular, Paula Cristina de Souza Souto, do campus universitário do Araguaia (UFMT), Barra do Garças. E desenvolvida pela pesquisadora e doutoranda da UFMT, Loyane Almeida Gamas Sales, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Básica e Aplicada do campus da universidade. A pesquisadora Loyane teve recurso aprovado no Edital Fapemat Nº 009/2021, de dezembro, para o projeto Membrana de borracha natural associada ao extrato de própolis e babosa: avaliação dos efeitos e mecanismos envolvidos no reparo tecidual em modelo de queimadura.

Na medicina, os resultados do estudo mostraram que a biomembrana vegetal é segura como curativo para úlceras cutâneas (feridas).  A grande ocorrência mundial de feridas cutâneas, tais como queimaduras, continua alta e com milhares de pessoas sofrendo com sequelas físicas, psicológicas e com as consequências sociais que esse tipo de lesão pode causar.

O projeto intitulado Desenvolvimento e Caracterização de Membranas de Látex de Hevea Brasiliensis e Própolis Scaptotrigona Polysticta para Tratamento de Queimaduras busca produtos naturais de origem animal ou vegetal que possuam propriedades com ação cicatrizante e antimicrobiana em lesões de pele. A pesquisa estuda a preparação de biomembranas de borracha natural (derivada do látex de seringueira) associado à babosa e ao própolis de abelhas sem ferrão, conhecida como Bijuí.

Inovação em tratamento

O tratamento tópico ideal para lesão provocada por queimadura seria aquele que, ao mesmo tempo, controla o crescimento bacteriano, remove o tecido desvitalizado e estimula o crescimento do novo tecido. Até agora, estas três funções não se encontram em um mesmo curativo.

A inovação proposta pela pesquisa foi o desenvolvimento de uma biomembrana com a associação de dois componentes, látex e própolis, típicos da biodiversidade do Estado de Mato Grosso.

Com os resultados da pesquisa foi possível desenvolver biomembranas com características físico-químicas que indicam que elas podem ser utilizadas para o tratamento de queimadura. Em estudos em animais, as biomembranas se mostraram  eficientes, pois aceleraram o processo de cicatrização sem a necessidade freqüente de troca do curativo. Além disso, o processo inflamatório, que acontece em todo processo de cicatrização, foi controlado o que indica uma possível cicatrização da pele sem a formação extensiva de cicatrizes.

Tendo em vista a necessidade de tratamentos mais práticos e eficazes no tratamento das queimaduras a membrana de Látex associada ao Própolis  apresentou resultados promissores para o uso na medicina.

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  • 24 de janeiro de 2022 às 17:53:33
  • 24 de janeiro de 2022 às 17:53:08