DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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De acordo com um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Mato Grosso 775 mil moradores estão há mais de duas horas de atendimento caso sejam vítimas de picadas de cobra, o dado representa 26% da população.
Vale destacar que em casos de ataques desses animais pesonhentos, o tempo é fundamental, caso haja demora, o quadro da vítima pode chegar ao óbito. O remédio contra a picada é o soro antiofídico, porém, ele só é disponibilizado em cidades com estrutura para manter a substância conservada.
Isso significa que são poucas as cidades no Estado que não possuem o soro em estoque. Conforme a pesquisa de Ricardo Dantas e Diego Ricardo Xavier, 26% da população de Mato Grosso está em cidades há mais de duas horas de distância dos polos onde o soro antiofídico é distribuído.
Mato Grosso perde apenas para Rondônia, onde 28% da população, o que representa 424 mil pessoas, moram há mais de duas horas do atendimento com o medicamento.
“Outra realidade particular é a do norte de Mato Grosso, onde predomina a grande propriedade rural. É uma área de baixa densidade populacional onde os municípios possuem grandes extensões. Assim, concentrar esforços apenas na disponibilização do soro em pequenos centros urbanos pode não ser suficiente, sendo a articulação entre governo e proprietários rurais uma opção a mais para a entrega pontual do soro antiofídico aos trabalhadores rurais da região“, diz trecho do estudo.