DA REDAÇÃO / LUIZA VIEIRA / DO LOCAL- LEONARDO MAURO
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O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL), colocou o líder do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Dilmar Dal Bosco (União Brasil), contra a parede após o parlamentar ter pedido vista ao projeto de lei referente ao peixamento do Lago do Manso. Durante o bate-boca, Elizeu chega a insinuar que Dal Bosco estaria confabulando com a Furnas, empresa responsável pelo reservatório.
“Se for para tirar o que está no projeto, que é a suspensão de Furnas se ela não cumprir isso aí, Dilmar, você não faça isso, você vai estar matando o povo daquela região. Entendeu? Por que Furnas me procurou e eu falei que não ia fazer isso“, disse Elizeu durante a discussão.
Na busca por tentar defender o pedido de vista, que é feito quando o parlamentar justifica que não se sente apto a dar o seu voto, na sessão em curso e solicita que o processo seja retirado de pauta para que o analise, Dal Bosco reafirma várias, vezes durante o vídeo, tanto para Elizeu quanto para a comissão de pescadores e comerciantes da região do manso que precisa reler o projeto.
“Eu não posso ler o projeto, você quer que eu vote sem ler o projeto? Eu sempre leio todos os projetos” diz várias vezes o parlamentar.
Não satisfeito com a resposta, Nascimento, mais uma vez sugere o envolvimento do líder do governo com a empresa Furnas, dizendo que ele próprio, autor do projeto, havia sido procurado pela empresa.
“Furnas me procurou, entendeu? Para poder fazer a retirada daquele documento, daquela parte lá do artigo que retira a suspensão de furnas de operar no estado de Mato Grosso e eu disse não a esse tipo de pedido, porque se tem uma forma da gente fazer com que a lei seja cumprida é suspender essa empresa que está há 20 anos omissa no estado de MT”, revelou ele.
Quando questionado pela equipe do programa do Passando a Limpo se acreditava que Dal Bosco teria cedido a pressão de Furnas, o parlamentar não negou e afirmou que o posicionamento do colega se mostra estranho.
“Eu não sei o que é que o deputado Dilmar fez, só que para nós soa muito estranho, tá!? Soa muito estranho. Esse negócio de pegar um projeto que já foi aprovado e discutido na Comissão de meio ambiente e em outras comissões, que era simplesmente, já tava tudo resolvido para poder aprovar aqui na CCJ“, finaliza.