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GUERRA NA UCRÂNIA

Rússia assume controle da maior usina nuclear da Europa; Kiev está cercada

Oleksandr Lapshyn/Reuters

Em meio às repercussões internacionais pela tomada da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, as forças russas seguem com as operações militares no país nesta sexta-feira (4), nono dia da guerra. As tropas da Rússia estão próximas da capital, Kiev.

A tomada do controle da usina, a maior de energia nuclear da Europa, aconteceu após um incêndio que durou quatro horas num prédio de treinamento do lado de fora do complexo do reator principal. O Serviço de Emergência da Ucrânia conseguiu controlar o fogo às 6h20 no horário local (1h20 no horário de Brasília). Os níveis de radioatividade não foram alterados, segundo informação do órgão regulador ucraniano repassada à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou as forças russas de atacarem intencionalmente a usina nuclear e pediu aos líderes mundiais que detenham as forças russas “antes que isso se torne um desastre nuclear”.

Logo após a confirmação da ocorrência, havia o temor de que o fogo provocasse um vazamento de material radioativo, o que não foi reportado até o momento. Em 1986, a Ucrânia viveu o catastrófico acidente nuclear ocorrido na usina de Chernobyl.

O porta-voz da usina de Zaporizhzhia, Andrii Tuz, afirmou que a central não sofreu nenhum dano crítico, embora apenas uma unidade de geração de energia entre seis esteja operando. Ele ainda declarou que pelo menos uma unidade geradora de energia da usina foi atingida durante o conflito. “Muitos equipamentos técnicos foram atingidos”, explicou o porta-voz à CNN.

Além do cerco a Kiev, no restante do país, as forças russas seguem avançando e ameaçando importantes cidades ucranianas. Mariupol, no sul, ainda está sob controle ucraniano, mas “provavelmente cercada por forças russas”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido. Em Kharkiv, segunda maior cidade do país, 33 civis morreram vitimas dos ataques russos nas últimas 24 horas.

Números da guerra

Segundo informação das Forças Armadas da Ucrânia, até esta sexta-feira (4), 9166 russos perderam a vida no confronto. 251 tanques e 33 aeronaves (não especificadas) foram abatidas pelos ucranianos. Os russos também teriam perdido 37 helicópteros e 939 veículos blindados. A Rússia não confirma os números.

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  • 4 de março de 2022 às 14:33:34