https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2021/11/dolar-03032021175057074-1.jpeg

VOLATILIDADE

Dólar fecha em leve queda, a R$ 5,05; bolsa opera estável

LEE JAE-WON/REUTERS

dólar fechou nesta terça-feira (8) com recuo de 0,50%, a R$ 5,053, com os investidores atentos aos desdobramentos da guerra entre Ucrânia e Rússia, com mais otimismo quanto a uma possível solução diplomática.

O cenário também refletia no Ibovespa que, por volta das 17h, horário de Brasília, tinha leve alta de 0,09%, aos 111.728,55 pontos, em uma sessão com alta volatilidade e com a recuperação de setores que tiveram fortes quedas na véspera, em especial varejo e companhias aéreas. As empresas ligadas a commodities têm correção após ganhos consecutivos, e caem.

Petróleo

Nesta terça-feira o petróleo ronda os US$ 130 com o anúncio de proibição de importação da commodity russa pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, o que deve aumentar o choque de oferta do produto.

Os preços vêm escalando desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Analistas acreditam que o furor recente pode ser apenas o começo, já que os avisos de US$ 200 por barril começam a se espalhar pelo mercado.

O preço da commodity atingiu seu nível mais alto desde 2008 na segunda-feira (7), quando os países ocidentais passaram a considerar um embargo ao petróleo da Rússia, o segundo maior exportador do mundo.

O principal fator para a alta é o descompasso entre oferta e demanda da commodity, com os principais produtores, reunidos na Opep+, ainda não retomando os níveis de produção pré-pandemia, e o quadro foi intensificado com as tensões na Europa.

A alta representa um potencial de avanço dos preços dos combustíveis em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Porém, falas do presidente Jair Bolsonaro, criticando a política de preços da estatal, geraram temores no mercado sobre uma possível intervenção na empresa. Uma possibilidade é a criação de um subsídio temporário para os preços.

O Congresso também deve analisar projetos que buscam reduzir os preços dos combustíveis ou evitar novas altas a partir de medidas como cortes de impostos e criação de um fundo de estabilização.

O receio do mercado é que as medidas acabem impactando as contas públicas e gerando um risco fiscal alto, o que reduziria a confiança de investidores e faria o dólar subir pela saída de investimentos.

Commodities

Ainda como consequência da invasão Rússia à Ucrânia está a alta nos preços de outras commodities, principalmente as ligadas à Rússia e à Ucrânia, caso do milho, trigo, além do petróleo.

O trigo chegou a ter alta de 7% na segunda-feira, e acumula valorização de 75% no ano. De acordo com a Necton, a valorização do real pode reduzir esse aumento para perto de 55%.

Ao mesmo tempo, a situação na Ucrânia  pode impactar nos benefícios para o real de um ciclo de migração de investimentos para mercados ligados a commodities e vistos como baratos, como o Brasil.

O mercado doméstico tem sido beneficiado também pelos juros altos, que limita os efeitos das apostas em uma política de alta de juros agressiva pelo Federal Reserve.

O ciclo estava ligado, em partes, a expectativas de mais medidas pró-crescimento na China que estão aumentando as esperanças de uma recuperação na demanda por metais, o que levou a altas nos preços, reforçadas com a crise na Ucrânia.

Por outro lado, intervenções do governo chinês no mercado têm gerado pressões de queda, em um sobe e desce na cotação.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *