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ENCONTRO NACIONAL

Se aparecer corrupção, colaboraremos para que fatos sejam elucidados, diz Bolsonaro

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Presidente Jair Bolsonaro participa da Cerimônia de Comemoração ao Dia Internacional do Voluntariado.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou neste domingo (27) de um encontro nacional de seu partido em um centro de convenções em Brasília, ao lado de ministros, correligionários e apoiadores. Em um discurso que durou quase meia hora, ele afirmou que o governo colaborará para que “os fatos sejam elucidados” em denúncias envolvendo corrupção.

“Acabou a farra com dinheiro público. Buscam qualquer coisa, qualquer gota d’água para transformar em um tsunami. Todos sabem como nos portamos. Se aparecer, nós colaboraremos para que os fatos sejam elucidados. Todos nós somos humanos, podemos errar, quem nunca errou? E podemos ter e devemos ter uma segunda chance para voltarmos a ser úteis à sociedade”, disse o presidente.

A princípio, o evento chamaria para o lançamento da pré-candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição. Após avaliações e conselhos, ficou decidida pela mudança para não criar problemas com a Justiça — a lei eleitoral não permite o lançamento de candidaturas antes de agosto. O nome escolhido foi “Movimento Filia Brasil – É com ele que eu vou”.

O encontro, que foi aberto ao público, teve banners e painéis com o slogan “O Capitão do Povo”. Na abertura, o mestre de cerimônias citou a existência de uma batalha “espiritual” no Brasil e, ao lado de Bolsonaro, fez críticas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao mesmo tempo que elogiou o presidente, com referências religiosas.

“Deus permita que Jair Bolsonaro tenha mais uma oportunidade, que venha só do Senhor e do povo brasileiro, de honrar a história do povo sofrido brasileiro, que venceu uma pandemia – que quem comprou e pagou as vacinas foi o governo federal”, disse o locutor.

Depois de discursos do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e dos ministros João Roma e Tereza Cristina, além da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente iniciou seu discurso.

“Temos um norte, temos um compromisso, não podemos esquecer o nosso passado. Porque aquele que esquece seu passado está condenado a não ter futuro. Os mais jovens podem não conhecê-lo, mas os seus pais e avós têm obrigação de mostrar para eles, para onde o Brasil estava indo. Bem como vive os jovens em outros países, como a Venezuela. Há pouco, estávamos à beira do abismo”, disse Bolsonaro.

“Luta do bem contra o mal”

Em meio a críticas a gestões anteriores, o presidente citou pesquisas eleitorais. “Vocês já ouviram no passado, ouvem ainda, dizer que uma mentira repetida mil vezes transforma-se numa verdade. Vou dizer: uma pesquisa mentirosa repetida mil vezes não fará um presidente da República”, declarou.

“Essa terra é a nossa terra, esse é o nosso Brasil. O nosso inimigo não é externo, é interno. Não é uma luta da esquerda contra a direita, é uma luta do bem contra o mal. E nós vamos vencer essa luta porque eu estarei sempre na frente de vocês. Vocês nos fortalecem, nos dão ânimo, nos encorajam a mostrar que esta luta não será em vão”, acrescentou.

Em outro trecho, Bolsonaro citou uma possível tomada de “decisão contra quem quer que seja”. “Digo que, se para defender a nossa liberdade, para defender nossa democracia, eu tomarei a decisão contra quem quer que seja. E a certeza do sucesso é que eu tenho um exército ao meu lado e este exército é composto por cada um de vocês. Poderemos até perder umas batalhas, mas não perderemos a guerra por falta de lutar. Vocês sabem do que estou falando, é um momento agora, um misto de alegria, confraternização, e certeza de estarmos pregando aqui para o futuro do nosso Brasil”, disse.

Bolsonaro também fez referência a “jogar dentro das quatro linhas da Constituição”. “Por vezes, me embrulha o estômago ter que jogar dentro das quatro linhas da Constituição, mas eu jurei, e não foi da boca pra fora, respeitar a Constituição e aqueles que estão ao meu lado, especialmente os 23 ministros.”

“Vocês [ministros] têm obrigação de, juntamente comigo, fazer com que quem estiver fora das quatro linhas estiver obrigado a voltar para dentro das quatro linhas. Geralmente as ditaduras começam no poder Executivo. Eu nunca vi o Legislativo dar golpe, ou o Judiciário dar golpe, os golpes sempre vêm do Executivo e primeiro desarma a sociedade de bem. O nosso governo age na contramão disso. Não tem nada para acusar o governo que nós estaríamos buscando censurar nosso povo ou a mídia brasileira”, disse o presidente.

Filiação de ministros

Além do discurso de Bolsonaro, o encontro do PL também confirmou a filiação de dois ministros – Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e João Roma (Cidadania) – e do senador Eduardo Gomes, que estava no MDB, líder do governo no Congresso.

O evento ainda teve vários outros ministros ao lado de Bolsonaro, como Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Teresa Cristina (Agricultura) e o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

*Publicado por Marcelo Tuvuca

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  • 28 de março de 2022 às 20:10:57