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INCLUSÃO

AL realiza o II Simpósio sobre Autismo em MT nos dias 4 e 5 de abril

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Da assessoria

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso realiza nos dias 4 e 5 de abril, das 8h às 18h, o II Simpósio sobre Autismo em Mato Grosso. O evento é organizado pelo mandato do deputado estadual Wilson Santos (PSD) e acontece no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros.

O tema deste ano é “A interseção entre a Saúde e Educação e o reconhecimento da Neurodiversidade no processo de inclusão”. Entre os palestrantes, Marta Relvas, doutora e mestre em psicopedagogia e especialista em psicanálise e em bioética; Eugênio Cunha, doutor em educação, psicopedagogo e jornalista; e Adilson Souza, psicólogo clínico e escritor.

O Simpósio tem como ponto de partida o princípio constitucional de assegurar a todos e a todas a igualdade de condições de acesso à saúde e à educação; o que ainda não é realidade para milhares de crianças, jovens e adultos do TEA no Brasil.

“A inclusão social tem sido uma das bandeiras do meu mandato. No ano passado, realizamos o 1º Simpósio sobre Autismo e agora a segunda edição. Estudos do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, mostram que há um caso de autismo entre cada 110 pessoas. Portanto, estima-se que no Brasil existam cerca de 2 milhões de autistas. Precisamos discutir políticas públicas para que estas pessoas sejam tratadas com dignidade e respeito e que tenham seus direitos garantidos. Este é o papel do Simpósio”, disse o deputado Wilson Santos.

Inscrições

Para participar do simpósio, o interessado deve acessar o site da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na aba EVENTO, e fazer sua inscrição. Além disso, doar um 1 quilo de alimento não perecível na entrada do teatro Zulmira Canavarros, no dia do Simpósio.

Transtorno do Espectro Autista

O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.

O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida.

Indivíduos com transtorno do espectro autista frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores.

Principais fatos

De acordo com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), embora algumas pessoas com transtorno do espectro autista possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida.

Intervenções psicossociais baseadas em evidências, como o tratamento comportamental e os programas de treinamento de habilidades para os pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida das pessoas com TEA e seus cuidadores.

Em todo o mundo, as pessoas com transtorno do espectro autista são frequentemente sujeitas à estigmatização, discriminação e violações de direitos humanos. Globalmente, o acesso aos serviços e apoio para essas pessoas é inadequado.

Maria Auxiliadora é mãe de um autista, de 32 anos. Ela conta que descobriu o autismo quando o rapaz tinha 23 anos e que ainda luta para que o filho tenha acesso à saúde e educação especializada na rede pública.

“Nossa sociedade precisa ser alertada sobre o autismo e dos direitos destas pessoas. O simpósio tem papel fundamental neste sentido, já que muita gente não sabe o que é o TEA e por isso mesmo não tem condições de identificar casos dentro de suas famílias ou em grupos sociais. Precisamos desmistificar o tema e mostrar que pessoas com TEA podem sim ter uma vida social”, disse.

Eliane Fernandes, conhecida como Branca, é mãe do Dimitri, o primeiro piloto automobilístico autista do Brasil. Um exemplo de que o TEA não impede que todos possam conquistar seus sonhos.

“Precisamos que a sociedade, legisladores e gestores públicos conheçam o autismo. Isso é fundamental porque cada vez mais autistas diagnosticados precisam ser inseridos na educação, na saúde e no mercado de trabalho. Este seminário tem papel fundamental nesta discussão. Lugar de autista é em todo lugar”, disse.

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ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO

  • 3 de abril de 2022 às 02:55:59