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ÁREA INDÍGENA

Empresário é preso por suspeita de desmatamento em MT

Polícia Federal

Um empresário do setor madeireiro foi preso em flagrante por suspeita de desmatamento na Terra Indígena Serra Morena, em Juína, a 737 km de Cuiabá, nessa quarta-feira (6). O flagrante ocorreu durante a operação ‘Onipresente’, realizada em março deste ano pela Polícia Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Na ocasião, um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), e um cacique foram presos suspeitos de participação no esquema.

De acordo com a polícia, a investigação começou a partir dos 15 dias de trabalho na operação. Na ocasião, foram encontradas várias toras cortadas na terra indígena, que, posteriormente, seriam retiradas por caminhões e levadas para madeireiras.

Os materiais foram fotografados e registrados pelos policiais federais e fiscais do Ibama. Uma das toras foi encontrada na madeireira fiscalizada e o empresário, que não possuía documentação da madeira, foi preso.

Trator utilizado para colocar as toras nos caminhões foi encontrado em uma região de desmatamento — Foto: Polícia Federal

Polícia Federal

Ainda segundo a PF, houve também uma nova fiscalização na Terra Indígena Serra Morena onde um trator utilizado pelos criminosos para colocar as toras nos caminhões foi encontrado em uma região de desmatamento.

Devido às condições de conservação do veículo e o local de difícil acesso em que foi encontrado, o veículo foi destruído.

Uma pá carregadeira, usada para o mesmo fim, foi encontrada escondida em uma fazenda localizada ao lado da terra indígena, e apreendida pelo Ibama. A máquina foi destinada à prefeitura de Juína.

Operação

A operação ‘Onipresente’ investigava garimpos clandestinos e extração ilegal de madeira em terras indígenas de Mato Grosso. Durante a ação, um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), e um cacique foram presos suspeitos de participação no esquema.

O fim dos trabalhos foi anunciado pela PF no dia 28 de março deste ano, no entanto, após os flagrantes, as equipes decidiram que a ação passará a ser contínua para evitar crimes ambientais na região.

De acordo com a PF, foram fiscalizados 21 pontos localizados na terra Aripuanã, entre Juína e Aripuanã, da etnia Cinta Larga, na TI Menkü, em Brasnorte (etnia Menķü), e no Parque Nacional do Xingu, em Feliz Natal, da etnia Ikpeng.

Operação apurava também garimpo ilegal em Terra Indígena Aripuanã (MT) — Foto: Polícia Federal

Polícia Federal

A escolha das localidades, segundo a polícia, foi feita através de monitoramento via satélite no sistema ‘Planet’ que é capaz de detectar desmatamentos em áreas tão pequenas quanto um quintal de uma casa.

A PF informou que foram apreendidos documentos, celulares, sete escavadeiras hidráulicas, três caminhões, sete tratores, doze motocicletas e trinta motores estacionários utilizados na lavagem do solo.

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ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO

  • 7 de abril de 2022 às 14:13:46