O vereador Sargento Vidal (MDB) declarou durante a sessão ordinária desta terça-feira (17.05), na Câmara de Cuiabá, que para se filiar ao MDB, apresentou carta de anuência assinada pelo presidente nacional do Pros, Marcos Vinícius Chaves de Holanda, no dia 31 de março deste ano.

A carta, inclusive, foi apresentada pelo MDB ao Tribunal Regional Eleitoral como defesa na ação movida pelo Pros no dia 02 de maio. O partido alegou infidelidade partidária pedindo a cassação do mandato, sob a alegação de que o vereador se desfilou sem justa causa.

“Há uns 10 dias, um ex-deputado estadual, dono de um site em Várzea Grande, vem divulgando mentiras a meu respeito, inclusive, se declarando presidente estadual do Pros. Quando sai do Pros, não tive nenhum problema junto ao presidente nacional que me deu a carta de anuência registrada e reconhecida firma em cartório. Em Cuiabá, registrei a fé pública do cartório de Brasília. Portanto, a minha saída do Pros é legal, pois o partido não pretende construir uma legenda em Mato Grosso e tenho pretensões políticas nas próximas eleições”, declarou.

Vidal destacou que está intrigado com o fato de o ex-deputado estadual Jajah Neves estar viajando o Estado se declarando presidente estadual do Pros, inclusive, foi em seu gabinete com tal afirmação. No entanto, conforme o parlamentar, esta informação não consta no site do TRE. “Ele está inelegível desde 2018. E agora me acusa com mentiras. Quem está ilegal, na verdade, é o Pros e não o Sargento Vidal. Chamei também em meu gabinete, no segundo dia, o meu primeiro suplente Carlos Frederick e entreguei a minha carta de anuência nas mãos dele que, sendo advogado, imaginei que ele soubesse da legalidade do documento. Ele me disse que estava tudo tranquilo. Inclusive, eu ia fazer uma cirurgia no final do mês, na qual precisaria ficar 30 dias afastado e falei que iria abrir para ele poder assumir também o mandato”, disparou.

O parlamentar ressaltou que se surpreendeu com a notícia de que a esposa do seu primeiro suplente é advogada do Pros, sendo ela que entrou com a ação pedindo a cassação de seu mandato por suposta infidelidade partidária, contando com a anuência de Frederick.

Vidal disse que está tranquilo no que tange a questão judicial e desmentiu as informações divulgadas de que houve intrigas dentro do Pros estadual e que isso teria motivado o pedido da carta de anuência. “Como eu poderia brigar com uma Comissão que não existe no Estado? Então por aí já se vê que é mentira”.

Sobre a ação, o juiz membro do TRE Fabio Henrique Rodrigues Moraes Fiorenza indeferiu o pedido de suspensão do mandato do vereador.