DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Defensor das políticas públicas voltadas para a moradia, o deputado Max Russi (PSB) criticou o projeto que permite imóvel como garantia de várias dívidas, aprovado nesta semana na Câmara Federal. Na mesma manifestação de uma moção de desagrado, durante sessão plenária desta quarta-feira (08), o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) comemorou o anúncio da autorização para a retomada das obras do Residencial Carvalho I, II e III, de Barra do Garças, paralisadas desde 2014.
O parlamentar não concorda com o que foi justificado no Projeto de Lei (PL) 4188/2021, que cria um novo marco de garantias no país e acredita que, caso passe pelo Senado Federal e seja sancionado pela Presidência da República, pode encerrar o sonho de muitas famílias de baixa renda.
Russi avalia que a Câmara Federal teve um mal posicionamento quanto a pauta, apresentada pela Executivo em novembro passado e não crê na queda das taxas ou facilidade de financiamento, com o chamado ‘marco legal das garantias de empréstimos.
“Eu acho que é um retrocesso muito grande e a gente sabe como é para muitos mato-grossenses terem condições de terem a casa própria e o Congresso da oportunidade aos bancos de tomar aquilo, que muitas vezes, é o único imóvel da família. Eu acho que a Câmara se posicionou muito mal nisso, o meu partido encaminhou voto contrário, mas teve essa aprovação. E não me vem, que comigo não cola”, reforçou o deputado.
No total foram 260 votos favoráveis e 11 contrários ao PL, que altera a Lei 8.009/1990 e cria um serviço de gestão de garantias, por meio das Instituições Gestoras de Garantia (IGGs), a serem regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O texto segue para o Senado Federal.
Residencial Carvalho – O anúncio de que o governador Mauro Mendes (UB) assina nesta quinta-feira (09), em Barra do Garças, a autorização para a retomada das obras do Residencial Carvalho I, II e III é uma verdadeira vitória para o deputado Max Russi, que há anos vem articulando para a retomada das obras.
No uso da tribuna, Max também lembrou das constantes tratativas, até mesmo durante a gestão do ex-prefeito Roberto Farias, para que os trabalhos de construção das 1.436 casas populares fossem retomados, junto a Superintendência da Caixa Econômica Federal. Ainda no início da atual gestão, do prefeito Adilson Reis (PSD), o deputado voltou a colocar em pauta os encaminhamentos.
Os conjuntos fazem parte do Programa Minha Casa Minha Vida, com investimento de R$ 81,8 milhões, sendo R$ 25,6 milhões no Carvalho I, R$ 28,5 milhões no Carvalho II e R$ 27,7 milhões no Carvalho III.