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ALERTA

OMS declara emergência de saúde global para varíola dos macacos

OMS/CENTRO DE CONTROLE DE DOENÇAS DA NIGÉRIA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, neste sábado (23), que a doença varíola dos macacos agora é considerada uma emergência de saúde pública global.

“Acreditamos que isso possa mobilizar o mundo a agir em conjunto. Precisamos de coordenação e solidariedade para que sejamos capazes de controlar a varíola dos macacos”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, neste sábado (23), que a doença varíola dos macacos agora é considerada uma emergência de saúde pública global.

“Acreditamos que isso possa mobilizar o mundo a agir em conjunto. Precisamos de coordenação e solidariedade para que sejamos capazes de controlar a varíola dos macacos”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

Brasil tem 607 casos confirmados de varíola dos macacos, diz Saúde

Após quarenta e quatro dias do primeiro caso de monkeypox, a varíola dos macacos, o Brasil já soma 607 casos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A maior parte deles, 438, estão no estado de São Paulo.

Entre os casos registrados, 86 são do Rio de Janeiro, 33 de Minas Gerais, 12 do Distrito Federal, 10 do Paraná, 8 de Goiás, 5 da Bahia, 2 do Ceará, 3 do Rio Grande do Sul, 2 do Rio Grande do Norte, 2 no Espírito Santo, 3 em Pernambuco, 1 em Mato Grosso do Sul e 1 em Santa Catarina.

O ministério afirmou, em nota, que mantém articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes. O número total de casos publicados pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (21) é 13% maior do que o divulgado no dia anterior, quarta-feira (20).

Apesar do nome da infecção, macacos não transmitem a varíola. A varíola dos macacos é uma doença transmitida principalmente pelo contato íntimo e troca de secreção entre pessoas.

Isso quer dizer: abraço, beijos, contato sexual, compartilhamento objetos de higiene pessoal, talheres etc. Além disso, o vírus também se espalha por vias respiratórias, mas essa situação é menos comum do que a primeira. Na maior parte dos casos, a infecção não é letal, mas pode se manifestar de forma mais grave em pessoas com comorbidades.

O infectologista Marcelo Otsuka explica que, apesar do aumento progressivo do número de casos, o mais comum é que os infectados tenham tido contato com pessoas que voltaram recentemente do exterior.

Na visão dele, ainda não corremos o risco da infecção se tornar uma pandemia, como a de coronavírus. Apesar disso, Otsuka ressalta que a principal característica dos vírus é a mutação. Então, nada impede de que em algum momento este vírus se torne mais forte e mais contagiante.

A higiene pessoal é o maior aliado contra a varíola dos macacos, assim como para a maior parte das doenças infecciosas.

É necessário sempre lavar as mãos e evitar o compartilhamento de objetos pessoais como toalhas, talheres, maquiagem e lâminas de barbear.

Uso de máscaras ajuda a frear transmissão da varíola dos macacos, diz especialista

A escalada de casos de varíola dos macacos é esperada diante da alta da transmissão observada em outros paísescomo Estados Unidos e nações da Europa, segundo a professora do Departamento de Microbiologia da UFMG, Erna Geesien Kroon.

O Brasil já chegou à marca de 607 casos confirmados da doença, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde.

A maior parte deles está concentrada na região Sudeste. Somente em São Paulo, são 438 pessoas infectadas.

“Está claro que desde o mês passado temos uma disseminação do vírus no país”, afirmou a especialista, em entrevista à CNN Rádio.

Segundo ela, apesar do monkeypox não ser tão infeccioso como outros vírus, a exemplo do Sars-cov, “ele é disseminado pelo trato respiratório, principalmente no período sem as lesões de pele características tem risco de transmitir para outros.”

Erma Kroon destaca que, uma vez que as lesões se manifestem, cada uma delas “contém milhões de partículas de vírus.”

A interrupção do ciclo de transmissão, ela explica, passa “por medidas de higiene, isolamento de pacientes que estão com as lesões e pelo uso de máscaras especialmente por quem ainda não tem as manifestações clínicas, ou seja, as lesões.”

Na avaliação da especialista, a possibilidade de compra ou produção da vacina contra a varíola dos macacos deverá ser avaliada pelo Ministério da Saúde em algum momento.

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