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EM COLNIZA

Suspeito de coagir vítima de tortura e auxiliar agressor é preso

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Polícia Civil-MT / Ilustração

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (10.08) em Colniza, na região Noroeste do Estado, um rapaz, de 23 anos, por descumprir medida protetiva e coagir vítimas de um agressor investigado por tortura, cárcere privado e tentativa de feminicídio.

O rapaz é sobrinho do indiciado de 42 anos que está preso desde maio deste ano, após torturar e manter em cárcere privado a ex-companheira no distrito de Taquaruçu do Norte, a 250 quilômetros de Colniza.

Na época, a vítima foi mutilada e sofreu diversas lesões causadas pelo companheiro, que após o crime, fugiu com a filha do casal, de nove meses. Ele foi preso dias depois, no meio da mata, onde se mantinha escondido com a família.

O preso nesta quarta-feira estaria pressionando as vítimas para que vendessem bens e o valor empregado para pagamento de advogado do indiciado. O rapaz também é investigado por dar proteção ao tio durante a fuga quando cometeu os crimes de tortura e cárcere privado em Taquaruçu do Norte.

Conforme o delegado de Colniza, Bruno França Ferreira, o agressor estava ameaçando e coagindo as vítimas por meio de seu sobrinho. Diante da situação, a Polícia Civil requereu medidas protetivas para as vítimas.

“Aos olhos dos criminosos se faz ainda necessária, além dos outros crimes praticados, a coação para que as vítimas disponham de seu patrimônio para financiar a defesa de seus agressores”, destacou o delegado, considerando a existência de medida protetiva em vigor que impede qualquer contato do autuado com as vítimas.

Áudio e vídeos recebidos pelas vítimas demonstram a coação exercida e o descumprimento das medidas protetivas.

Violência doméstica e tortura

Crimes contra a ex-companheira do indiciado ocorreram em maio deste ano. No dia 14 de maio, a Delegacia de Colniza foi comunicada sobre as agressões praticadas contra uma mulher de 21 anos, no distrito de Taquaruçu do Norte, distante em torno de 250 quilômetros da cidade de Colniza.

A Polícia Civil solicitou apoio ao núcleo da PM na região, que seguiu até a casa da vítima e encontrou a mulher com ferimentos, hematomas e uma lesão já infeccionada na genitália. Ela foi socorrida para Colniza, diante do quadro grave de saúde.

Em depoimento à Polícia Civil, a vítima narrou que as agressões tiveram início na sexta-feira, 13 de maio. Ela e o agressor conviviam maritalmente e ele chegou na casa agressivo, após ingerir bebida alcoólica, quando tiveram uma discussão. Depois, o suspeito começou a sessão de socos e chutes e tentou atirar contra a vítima, como a arma falhou, ele quebrou o cabo da espingarda na cabeça da mulher e depois a mutilou. A irmã da vítima, que também convive com o agressor, tentou ajudá-la, mas foi agredida. Ambas foram impedidas de sair da casa para buscar ajuda.

Apenas 24 horas após o início das agressões, quando vizinhos foram à residência e se depararam com a situação de violência, foi possível pedir socorro e acionar a polícia.

Ao perceber a chegada da viatura policial em Taquaruçu do Norte, o suspeito fugiu para a mata levando a filha de nove meses.

O delegado de Colniza instaurou o inquérito para apurar os crimes cometidos contra a vítima de tentativa de feminicídio e também as agressões sofridas pela irmã dela. “As declarações colhidas exames realizados deixam bem claro que o suspeito submeteu a vítima a uma série de agressões físicas e psicológicas, com claro intento de provocar dor e sofrimento a sua companheira, o que foi então evoluindo para uma tentativa de feminicídio”, destacou Bruno França.

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