O ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca nesta quinta-feira (18), em Belo Horizonte, Minas Gerais, para o primeiro comício de sua campanha presidencial.

A segurança de Lula considera o ato, na Praça da Estação, no centro da cidade, como um teste de fogo para os próximos eventos, a exemplo do comício no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, no próximo sábado.

Fontes ligadas à campanha relataram à CNN que atiradores de elite serão posicionados no alto de prédios e drones farão o monitoramento do local.

A entrada do público será irrestrita, sem necessidade de cadastro prévio, mas haverá tapumes em volta da praça e os apoiadores serão revistados por seguranças privados com detectores de metais.

Ao menos quatro policiais serão destacados para vigiar a frente do palco e evitar invasões como ocorreu em Teresina, no Piauí, quando um homem subiu ao palco e abraçou o ex-presidente. Outros policiais ficarão à paisana entre o público e outros serão posicionadas no palco, próximos ao ex-presidente e seus aliados.

Lula recebeu grau máximo de segurança para estas eleições, segundo critérios da própria polícia federal, com mais de 50 policiais federais destacados para acompanhá-lo na campanha. Sem contar militares e bombeiros nos estados e comboio com aproximadamente oito carros.

A disposição de um número alto de policiais para fazer a segurança de Lula tem gerado um racha na PF, com relatos de atritos entre a equipe que chefia a segurança de Lula e a superintendência da PF no Distrito Federal.

Uma fonte do chamado núcleo duro da segurança contou, em caráter reservado, que nunca esteve tão preocupada quanto agora com a violência nas eleições e fez sugestão ao ex-presidente para que usar colete à prova de balas nos comícios, como já fez anteriormente, em atos de pré-campanha.

Apesar de alguns receios, a orientação da equipe policial é não interferir nas escolhas do ex-presidente. A ele já foi dito que a segurança não será um problema e se adequará aos lugares dos comícios.