
PAULA FIGUEIREDO/ DA REDAÇÃO MATO GROSSO MAIS
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No mês que se comemora o dia internacional da mulher é importante fazer uma reflexão sobre a participação das mulheres em todos os setores da economia do nosso país. O empoderamento feminino é um conceito fundamental promovido pela ONU, que busca garantir que mulheres e meninas tenham igualdade de oportunidades e direitos em todas as esferas da vida. Os princípios do empoderamento feminino incluem:
Igualdade de Gênero; Participação e Liderança; Educação e Capacitação; Direitos Humanos e Acesso a Recursos. Esses princípios visam criar um mundo mais justo e igualitário, onde todas as mulheres possam prosperar e contribuir plenamente para a sociedade. Os princípios também consideram os interesses dos governos e da sociedade civil e apoiam as interações com as partes interessadas, uma vez que alcançar a igualdade de gênero requer a participação de todos e todas.
A equidade de gênero está presente na Agenda 2030 da ONU, e é o 5º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável. Com o passar dos anos, se tem visto muitas mulheres progredindo, alcançando lugares de liderança, tanto no setor privado como no setor público, no entanto, apesar dos progressos, as mulheres continuam a enfrentar a discriminação, marginalização e exclusão, ainda que a igualdade entre homens e mulheres seja um preceito internacional universal, um direito humano fundamental e inviolável.
Muitos países, desenvolvem políticas de equidade de gênero, no entanto ainda não se atingiu participação equilibrada das mulheres nos postos de trabalhos, que pode ser, por exemplo, desde o chão de fábrica até sua alta gestão. A ONG americana Catalyst, que desenvolve diferentes frentes de trabalho em prol da criação de ambientes de trabalho inclusivos para homens e mulheres, aponta o impacto positivo que a presença de mulheres na alta liderança pode gerar nos resultados de negócios.
Para que alcancemos essa equidade governantes devem criar planos nacionais de desenvolvimento econômico com ações estratégicas para a igualdade de gênero. Ainda se tem muitos desafios a enfrentar, de acordo com a Bain & Company, as mulheres representam, apenas 2 % dos presidentes das 250 maiores empresas brasileira; de acordo com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, as mulheres são as principais responsáveis pelos afazeres domésticos, e a dedicação semanal para este trabalho é de cerca de 25 horas contra a média dos homens que é de 10 horas semanais.
Dados do IBGE apontam que a média salarial feminina é de 74,5% da média salarial masculina, e quando se estuda as mulheres negras, 21% ocupam cargos de menor remuneração, tal como empregadas domésticas. Além de todos esses desafios enfrentados, as mulheres precisam conciliar a carreira com o cuidado com a família, o que acontece em menor porcentagem com os homens.
Portanto o empoderamento feminino é uma prática essencial para apoiar a luta das mulheres no mercado de trabalho, combatendo preconceito e promovendo a equidade de gênero. Ainda que haja um crescimento positivo sobre o temo, como o aumento da diversidade e do posicionamento das mulheres, sabe-se que o caminho ainda é longo.
Sheila Klener é engenheira, geóloga e servidora Pública.