
ANA PAULA FIGUEIREDO/ DA REDAÇÃO MATO GROSSO MAIS
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Durante a inauguração do programa “Microfone Aberto”, com Agnelo Coberlino, na Rádio Massa FM, em Cuiabá, nesta segunda-feira (10), um dos entrevistados foi o Superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Arthur Nogueira.
Durante a entrevista, diversos assuntos foram abordados. Segundo Arthur, a operação iniciada em 18 de dezembro e que se estendeu até o período de Carnaval foi uma das mais longas já realizadas. O Superintendente destacou que foram seis dias de operação, com foco nas rodovias federais, mais conhecidas por suas blitzes. Durante esse período, cerca de 6 mil pessoas foram abordadas em mais de 5.500 veículos. Embora os resultados tenham sido satisfatórios, Arthur destacou que, infelizmente, não houve mortes aceitáveis, mas foram registrados três acidentes graves com seis vítimas fatais, igualando os números do ano anterior. Segundo ele, esses acidentes poderiam ter sido evitados com uma abordagem preventiva mais eficaz.
“Todo o cenário envolvido nos acidentes mostra que muitos poderiam ter sido evitados. Trabalhamos intensamente na parte preventiva”, disse Arthur. O excesso de velocidade e a imprudência de motociclistas, que ainda não compreendem completamente a dinâmica das rodovias de Mato Grosso, foram apontados como fatores contribuintes para esses acidentes. Ele ressaltou que, em Mato Grosso, há predominância de veículos de carga, e, por isso, os motociclistas precisam ter mais atenção e habilidades ao trafegar nas rodovias.
Entre os acidentes fatais, dois envolveram motociclistas: um na BR-174 e outro na BR-364. Além disso, houve a colisão de quatro veículos de carga na BR-174, na região de Comodoro, que resultou na morte de um motorista de carga. “Se não fosse pela imprudência desses motoristas, teríamos alcançado um resultado de zero mortes durante o período de Carnaval”, enfatizou.
Arthur também abordou a redução de acidentes fatais de 18% entre 2024 e 2025. Durante a operação, foram capturadas 1.521 imagens, mas o Superintendente esclareceu que isso não significa que 1.521 multas foram emitidas, pois as imagens ainda estão sendo analisadas. Além disso, mais de 4.600 motoristas realizaram o teste do bafômetro, e 15 foram presos por dirigirem sob efeito de álcool.
“É lamentável que ainda haja pessoas insistindo em dirigir alcoolizadas, quando existem tantas alternativas para evitar esse tipo de conduta”, destacou Arthur. Ele também falou sobre a importância do uso do cinto de segurança e da conscientização dos motoristas de veículos de carga.
A entrevista deixou claro que, embora os resultados tenham sido positivos, o trabalho da Polícia Rodoviária Federal continua focado na prevenção e na redução de acidentes nas rodovias federais de Mato Grosso.