O ex-secretário adjunto de Gestão de Saúde de Cuiabá, Flávio Taques, que estava foragido há 16 dias, se entregou à Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (2). Ele está acompanhado por advogados.
Conforme informações da Polícia Civil, Flávio Taques deve passar por audiência de custódia.
Ele teve a prisão decretada durante a segunda fase da Operação Sangria, em 18 de dezembro.
Na ocasião, foram presos Huark Douglas Correia da Costa, ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Fábio Liberali Weissheimer, médico e sócio da Pró-Clin, Adriano Luiz Sousa, empresário e advogado, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro, médico e sócio da Pró-Clin, e Fábio Alex Taques.
De acordo com a Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), os presos são integrantes de uma organização criminosa que montou um esquema para monopolizar a saúde em Mato Grosso.
Consta na decisão que Flávio Taques estaria dificultando a apuração do levantamento dos serviços prestados contratualizados, retirando servidores que têm informações sobre contratualização e medicamentos e transferindo para o almoxarifado na região do Bairro Coxipó, em Cuiabá.
Ainda de acordo com a decisão, Flávio Taques é suspeito de integrar a organização criminosa responsável, junto com Fábio Taques, por gerenciar as ações do grupo, havendo fortes indícios de que estariam articulando a destruição de provas.
Foram cumpridos mandados na Secretaria de Saúde de Cuiabá, Hospital São Benedito e nas empresas dos investigados. Todos os presos serão levados para a sede da Defaz, em Cuiabá.
A operação apura irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o governo estadual.