A família da estudante de Direito Hya Girotto, 21 anos, decidiu contar sobre o acidente que ela sofreu em frente à boate Valley Pub, na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, no último dia 23 de dezembro. Ela saiu do coma induzido na segunda-feira (31), mas não se lembrava do atropelamento e ainda não sabe da morte dos amigos.
Leandro Girotto, irmão da vítima, detalhou que a estudante foi informada sobre o acidente, mas a família decidiu poupá-la da notícia da morte dos dois amigos Myllena de Lacerda Inocêncio, 22 anos, e Ramon Viveiros, 25 anos, que foram atropelados juntamente com Hya, porque não sabem como contar sobre a tragédia.
“Ainda estamos pensando em como contar essa tragédia”, disse Leandro ao através do WhatsApp, acrescentando que ela ainda não tem contato com o noticiário ou as redes sociais.
Girotto também lembrou que quarta-feira (02) a equipe médica do Hospital Geral Universitário (HGU) decidiu tirar toda a sedação da universitária. Ela também passou por uma radiografia completa na região do tórax e dos braços.
“Ela está com um tubo para drenar o ar que estava no pulmão dela e alguns líquidos devido a pneumotórax que ela teve”, acrescentou Leandro.
Hya, Myllena e Ramon foram atropelados por um Renault Oroch, dirigido pela professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Rafaela Screnci Ribeiro.
Ela não parou para prestar socorro e ainda passou com o carro por cima de Hya.
Com o impacto da batida, Myllena foi arremessada e morreu na hora. O cantor sertanejo Ramon também foi arremessado, sofreu traumatismo craniano, ele não resistiu e morreu cinco dias após o acidente (28 de dezembro).
Rafaela foi presa em flagrante, passou a noite na delegacia, mas foi liberada um dia depois do atropelamento (24 de dezembro), após passar por audiência de custódia e pagar fiança de R$ 9,5 mil.