Os ‘supersalários’ da Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI), que deve ser fechada pelo governador Mauro Mendes (DEM) para contenção de gastos, ultrapassam os R$ 60 mil, se somadas as remunerações e outras vantagens. Ao todo, são 500 servidores no órgão, sendo que aproximadamente 75 ganharam mais de R$ 20 mil, em Mato Grosso. Os dados são públicos e estão disponíveis no Portal da Transparência.
Os ‘supersalários’ da Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI), que deve ser fechada pelo governador Mauro Mendes (DEM) para contenção de gastos, ultrapassam os R$ 60 mil, se somadas as remunerações e outras vantagens. Ao todo, são 500 servidores no órgão, sendo que aproximadamente 75 ganharam mais de R$ 20 mil, em Mato Grosso. Os dados são públicos e estão disponíveis no Portal da Transparência.
O levantamento aponta que a folha, somando os que ganham acima de R$ 20 mil, atingiu a marca de R$ 2,03 milhões (somando remunerações, incrementos salariais e outros benefícios). Os dados ainda mostram que aproximadamente 75 pessoas receberam mais de R$ 20 mil no ano passado.
Em outubro, Mauro Nakamura Filho, funcionário da empresa pública, recebeu R$ 60.556,71 (bruto), sendo que, deste montante, R$ 25.389,19 são da remuneração, R$ 22.472,92 de outras vantagens e 12.694,60 do 13º salário. A dedução do imposto de renda dele é de R$ 7.235,15.
Mauro é concursado e ocupa o cargo de analista de Tecnologia da Informação (TI). Em agosto, ele recebeu R$ 38.747,61 (bruto) e em setembro R$ 40.371,14 (bruto).
Já Olavio José da Silva, que também ocupa o cargo de analista de Tecnologia da Informação (TI), recebeu um total de R$ 52.115,80 (bruto) nos meses de outubro e setembro. Deste montante, R$ 25.389,19 é referente ao salário e R$ 26.726,61 a outras vantagens. Em julho, ele recebeu R$ 24.368,16 (bruto). Ele é concursado e sua carga horária é de 40h semanais.
Ao assumir o governo, o Mauro Mendes (DEM) questionou alguns ‘supersalários’ encontrados na folha de pagamento do mês de dezembro, como o de R$ 15 mil reais para o motorista de um órgão do governo e também os vencimentos de um técnico de nível médio, que recebe quatro vezes que o ‘normal’ do mercado.
Mauro determinou que seja feita uma auditoria na folha de pagamento do mês de dezembro do ano passado, ainda na gestão de Pedro Taques (PSDB), em decorrência das informações de que haveria “super remunerações” entre os servidores públicos da ativa.
Caixa zerado
Mauro Mendes recebeu o Governo no dia 01 de janeiro sem dinheiro em caixa para o pagamento da folha salarial referente a dezembro, quando Pedro Taques (PSDB) ainda era governador. Isto porque, há dois anos, a arrecadação do recurso utilizado para pagar os servidores vem sendo feito nos primeiros dez dias do mês subseqüente ao trabalhado.
A folha salarial de novembro, paga no mês passado, precisou ser escalonada. A expectativa de que o mesmo ocorresse este mês era grande, por conta da redução na arrecadação do Estado, comum nos primeiros meses do ano.
Além disso, o Governo ainda aguarda a vinda dos R$ 400 milhões referentes ao Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), que até a presente data não foi pago pelo Governo Federal.
O 13º salário de 2018 dos aniversariantes de novembro e dezembro e dos servidores comissionados também ficou pendente. Conforme o ex-titular da Casa Civil, Ciro Rodolpho Gonçalves, os cerca de R$ 120 milhões a serem pagos foram contabilizados como dívidas no fechamento do balaço do governo, para serem quitadas por Mauro Mendes.
A maioria dos funcionários na lista estão no final da carreira. Muitos deles são de outros Estados, pois na época de sua contratação haviam apenas a tecnologia mainframe, computadores de grande porte, e infelizmente Mato Grosso e muitos outras unidades da Federação não possuiam cursos de formação na área. Foram responsáveis pelos processamentos de dados dos diversos órgãos e instituições de MT, inclusive privadas visto à época a tecnologia não ser acessível a todas empresas. Pelas mãos deles foram automatizados todos os sistemas que tinham e têm a responsabilidade de arrecadar, gerenciar despesas, ações e recursos do Governo, Saúde, Segurança, meio ambiente, e por ai vai, ou seja, o resultado de seus trabalhos contribuiu e ainda é fundamental para manutenção e desenvolvimento do Estado. Pela escassez de técnicos especializados, muiitos deles ajudaram a formar os primeiros cursos e ministraram aulas para formar uma geração de técnicos de TI que hoje o Estado possui. Assim, seria muito importante garantir que as notícias publicadas sejam adequadamente esclarecedoras e não instrumento de manipulação social em prol de gestores que necessitam obter maiores informações para bem decidir.