O desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), determinou que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco Robobank enviem à Justiça os registros financeiros da senadora diplomada Selma Arruda (PSL) e do primeiro suplente, Beto Possamai (PSL), no prazo de 5 dias. A decisão é desta quinta-feira (17). O Banco Bradesco também deve ser comunicado.
A exigência do cumprimento do mandado judicial se dá após as instituições financeiras desobedecerem a uma ordem anterior, na qual tinham o prazo de 3 dias para prestar as informações de Selma e Possamai, que são réus em uma ação movida pelo advogado e ex-candidato ao Senado, Sebastião Carlos (Rede).
O processo tem como litisconsortes a Procuradoria Regional Eleitoral, o Partido Social Democrático (PSD), o ex-candidato a senador, Carlos Fávaro (PSD), que ficou em terceiro lugar nas últimas eleições para o cargo, juntamente com seus suplentes, Geraldo de Souza Macedo e José Esteves de Lacerda Filho.
A decisão de Sakamoto, no entanto, atendeu a requerimento da Procuradoria Regional Eleitoral, que afirmou que as instituições financeiras onde os réus têm contas não alimentaram o sistema Simba no prazo que havia sido concedido. Apenas o Bradesco solicitou prorrogação do prazo e atendeu à demanda judicial.
O pedido do Ministério Público Eleitoral foi reforçado por Carlos Fávaro, seus suplentes e também por Sebastião Carlos (Rede), que, ainda durante o período eleitoral, entrou na Justiça contra Selma Arruda, acusando-a da prática de caixa 2 e abuso de poder econômico pelo fato dela ter iniciado os gastos com publicidade antes do tempo estipulado pela lei eleitoral.
Selma confirma os gastos com a agência Genius de publicidade, porém, afirma que o contrato previa marketing pessoal e não de campanha.
Caso confirmadas as acusações contra Selma, ela e sua chapa podem ter os diplomas cassados.