Em debate na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei do Executivo que propõe uma reforma administrativa no Governo do Estado é alvo de críticas do Fórum Sindical. Segundo a entidade, Mauro Mendes (DEM) segue a mesma linha de trabalho do ex-governador Pedro Taques (PSDB) de reduzir o tamanho do Estado, especialmente em relação às políticas sociais.
Assinada pela vice-presidente da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), Edna Luzia Almeida Sampaio, a análise da mensagem 07/2019 tece críticas às medidas que podem “gerar alta concentração de poder, impermeabilidade do governo às demandas sociais e alto grau de insulamento da gestão pública, o que pode aprofundar o descompasso entre as escolhas da alta tecnocracia dos gabinetes e as necessidades do povo de Mato Grosso”.
Entre as questões apontadas pelo Fórum Sindical estão a concentração do controle fiscal em uma só pasta, “conferindo superpoderes à Sefaz” e também o “desaparecimento da Temática Direitos Humanos da proposta de Governo com parte das atribuições da pasta incorporada à Secretaria de Assistência Social e Cidadania e à Secretaria de Segurança Pública”.
Segundo o Fórum Sindical, “a proposta de reforma da Mauro Mendes não difere dos objetivos e visão daquela proposta por Pedro Taques”, em que “o objetivo é a redução do tamanho do Estado, especialmente nas funções que dizem respeito às políticas sociais”.
Sobre os interesses de Mauro Mendes, a análise do Fórum Sindical diz que “é notória a intenção de centralização do poder de gestão dos recursos públicos em duas secretarias: Fazenda e Desenvolvimento Econômico”. E que a redução de secretarias terá pouco impacto, pois “a maioria eram estruturas muito reduzidas ou já estavam interditadas de funcionar desde o Governo Taques (caso da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos)”.