Jovem deixa a UTI após contrari bactéria no Tereré

A adolescente Maria Eduarda, de 14 anos, moradora de Pontal do Araguaia (512 km da Capital), deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto Socorro de Cuiabá no início desta semana.

Ela contraiu uma grave bactéria na boca que, segundo os médicos, pode ter sido transmitida por meio da bomba de tereré. Porém, a família ainda aguarda os resultados de exames, feitos por um laboratório de São Paulo, para confirmar exatamente o que provocou e qual é o tipo de infecção foi contraída pela menina.

De acordo com a tia da garota, Glaubia Silva, de 40 anos, Eduarda foi transferida para enfermaria e a saúde dela apresenta melhora a cada dia.

“Foi retirada a sedação e ela já não precisa mais das sondas para urinar e se alimentar. Os rins já estão funcionando normalmente”, destacou Glaubia.

“Foi retirada a sedação e ela já não precisa mais das sondas para urinar e se alimentar. Os rins já estão funcionando normalmente”, destacou Glaubia

Segundo a tia, a menina ainda toma medicação para diminuir o inchaço no fígado. No entanto, ainda aguarda chegar da capital paulista os exames que vão indicar qual bactéria atingiu a garota.

Entenda

Eduarda começou a se queixar de feridas na boca, dificuldades para comer e ingerir líquidos em 2 dezembro passado.

Segundo Glaubia, depois disso, as feridas só foram aumentando e a boca ficou muito inchada, a adolescente mal conseguia tomar água. “Ficou a coisa mais esquisita”, disse à época.

Em 4 de janeiro, quase um mês depois dos primeiros sintomas, Eduarda foi internada no Hospital de Barra do Garças, depois de 12 dias precisou ser transferida para Cuiabá por ter melhores condições de tratamento.

A tia revelou que a menina passou por sete médicos que não souberam diagnosticar de que forma a bactéria foi contraída. Foi apenas no oitavo profissional que surgiu a suspeita de que Eduarda tenha sido infectada por meio da bomba que é usada para tomar tereré.

Os familiares ainda buscam ajuda para custear o tratamento da adolescente. Os interessados em ajudar podem entrar em contato com Glaubia através do celular 66 9212-1827, que também funciona como WhatsApp. 

Cultura do tereré

Comum em Mato Grosso, o tereré é preparado a partir da infusão da erva-mate com água gelada. A bebida também pode ser preparada com outros ingredientes como chás e suco de limão. Parecido com o chimarrão, do Rio Grande do Sul, é compartilhado em cuias com bomba ou canudo. 

Perigo 

Apesar de ser pouco divulgado, os médicos alertam sobre a possibilidade de contágios de doenças como herpes e mononucleose infecciosa que podem ser transmitidas pela bomba compartilhada, por isso, a orientação é que cada um tenha a sua. 

Mononucleose também é conhecida como a doença do beijo, uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr transmitido através da saliva, que provoca sintomas como febre alta, dor e inflamação da garganta, placas esbranquiçadas na garganta e ínguas no pescoço.

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