O deputado Wilson Santos (PSDB) , com zero humildade, diz que fez a paz voltar a reinar no Palácio Paiaguás após reunião que contava com a presença dos chefes dos três poderes – Executivo, Judiciário e Legislativo – para tratar de uma das medidas do governo estadual em relação à situação financeira de MT, que dava superpoderes à Secretaria de Fazenda (Sefaz).
Segundo o próprio, uma emenda dele, que impedia a subordinação da administração financeira da Assembleia Legislativa (ALMT), Tribunal de Justiça (TJMT) e outros órgãos à Sefaz, selou a paz entre os chefes dos poderes, que ‘quebraram o pau’ durante a reunião.
“A isonomia tem que ser mantida, e o que fizemos com essa emenda, o propósito dela é impedir uma inconstitucionalidade no projeto de lei do Governo”, disse em entrevista à Rádio Capital.
O assunto que causou discórdia foi o Projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual (PLRFe), que daria à Sefaz poder de decisão sobre os gastos da Assembleia e Tribunal de Justiça, para ficar em poucos exemplos. Rio de Janeiro (RJ) e Rio Grande do Sul (RS) tentaram a mesma manobra, mas foram impedidos pela justiça, que julgou a medida inconstitucional.
Na conversa com o ex-colega de partido, o radialista Antero Paes de Barros, Wilson usou passagens como ‘o clima fechou no Paiaguás’ e ‘imbróglio gravíssimo’ para descrever a reunião na sede do executivo estadual. Porém, a emenda de sua autoria salvou o dia. ‘Minha emenda trouxe harmonia entre os poderes’ e ‘a emenda gerou paz’ foram duas menções feitas pelo parlamentar.
Mais conversa
Wilson disse que ouviu de terceiros que o secretário de fazenda, Rogério Gallo chegou a colocar seu cargo à disposição. “Em determinado momento houve um exagero de responsabilização sobre ele a respeito da situação financeira do estado, ele disse que não tenho apego ao poder e deixaria o cargo, se fosse necessário”.
O deputado elogiou Gallo, dizendo que ele é uma grande revelação da política e um excelente gestor no trato da coisa pública.
Momentos depois, Gallo desmentiu Wilson e falou que não tinha deixado o cargo à disposição.