O Ministério Público Estadual denunciou os investigados na operação Sangria, da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), da Polícia Civil, que apura um esquema de monopólio de serviços médicos nas secretarias de Saúde de Cuiabá e de Mato Grosso.
Entre os denunciados está o ex-secretário de Saúde da Capital, Huark Oliveira, que chegou a ser preso em dezembro passado, quando a segunda fase da operação foi deflagrada. O caso está sob análise da juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal na 7ª Vara. Ela ainda vai analisar o teor da denúncia para se manifestar.
Também foram denunciados o ex-secretário adjunto de Saúde de Cuiabá, Flávio Alexandre Taques da Silva, além de Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
O caso
A Defaz descobriu que o suposto esquema de fraudes em licitações era comandado pelas empresas Qualycare Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar Ltda, Sociedade Matogrossense de Assistência em Medicina Interna Ltda – EPP (Proclin) e Prox Participações.
As empresas foram contratadas para prestação de serviços médicos hospitalares, principalmente UTI, UTI móvel e Home Care, aos hospitais regionais do Estado e em hospitais conveniados ao MT Saúde (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Mato Grosso). Os indícios são de vínculo entre as empresas, ausência contrato para a prestação de serviços, fiscalização dos serviços deficiente, ausência de documentação comprobatória das despesas e de sobrepreço nos serviços.
A Defaz também aponta que o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Oliveira, seria um dos principais líderes do esquema, sendo ligado à empresa Proclin.