O principal indicador da bolsa brasileira, a B3, opera em forte alta nesta quarta-feira (30), favorecida pelo bom ambiente externo, em meio a expectativas positivas para o desfecho de reunião de política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA), e com salto na ação da Vale.
Às 13h15, o Ibovespa subia 0,70%, a 96.307 pontos.
A ação da Vale subia acima de 8%, após plano de ação de R$ 5 bilhões para desativar barragens como a de Brumadinho (MG) e outras medidas anunciadas na véspera como resposta ao desastre que deixou centenas de desaparecidos e que contabiliza 84 mortes confirmadas.
A mineradora informou que terá de parar até 10% de sua produção para eliminar as 10 barragens, o que ajudou a mitigar parte das incertezas no mercado sobre os efeitos da tragédia na produção da Vale. Na China, os preços do minério de ferro subiram mais de 5%, atingindo máximas em quase 17 meses.
Na terça, a ação da Vale subiu 1,65%, após tombo de 24% na segunda, levando à perda recorde de R$ 71 bilhões em valor de mercado, em reação do mercado à tragédia com a barragem.
No dia anterior, o Ibovespa subiu 0,2%, aos 95.639 pontos.
Os investidores também acompanham eventos no exterior, entre eles o desfecho de reunião de política monetária do Federal Reserve, com previsão manutenção dos juros norte-americanos na faixa de 2,25% a 2,50% e repetição do discurso moderado sobre a alta das taxas, destaca a Reuters.
Os EUA e a China também começam nesta quarta-feira nova rodada de discussões comerciais em meio a profundas diferenças sobre as exigências de Washington por reformas econômicas estruturais de Pequim.
Para a consultoria LCA, a influência externa tem sido relativamente favorável aos ativos brasileiros neste começo de ano, uma vez que “expectativa de prolongamento do quadro de abundante liquidez global tem prevalecido sobre as preocupações com a desaceleração global”, conforme nota a clientes.
No caso da bolsa, o Ibovespa já acumula em 2019 acréscimo de cerca de 10%.