Jovem diz não ter “condições psicológicas”

A defesa da estudante de direito Hya Girotto Santos, de 21 anos, única sobrevivente do triplo atropelamento na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, no dia 23 de dezembro, apresentou um atestado para que o depoimento da jovem seja prorrogado por 30 dias.

O advogado alegou à polícia que Hya “não está em condições psicológicas” para prestar depoimento.

De acordo com o o titular da Delegacia de Trânsito (Deletran), Christian Cabral, o novo depoimento deve acontecer no início de março.

No dia 16 de janeiro, dois dias após Hya ter alta médica, o delegado afirmou que ela poderia ser responsabilizada, assim como a motorista Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, de 22 anos, pelo atropelamento da universitária Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, que morreu no local, e do cantor Ramon Alcides Viveiros, de 25 anos – que morreu dias depois.

“Vamos analisar as gravações quadro a quadro, mas no primeiro momento, as imagens dão a entender que ela tem responsabilidade”, explicou na ocasião.

Hya Girotto passou 18 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral Universitário (HGU) e deveria prestar depoimento à Polícia Civil após a alta.

O acidente

De acordo com Cabral, a responsabilidade criminal dá-se pelo fato de que Hya “ficou dançando” na avenida. Dessa forma, os dois amigos teriam voltado para retirá-la do local, momento em que foram atropelados, em frente à boate Valley Pub.

“Os dois já tinham concluído a travessia e ela ficou dançando sobre a faixa de rolamento. Eles voltaram para retirar [ela] e, nesse momento, foram atropelados”, afirmou o delegado.

No dia do acidente, a bióloga Rafaela Screnci foi detida pela Polícia Militar e se negou a fazer a passar pelo “bafômetro”. 

Diante disso, uma equipe da Polícia Civil elaborou, ainda no local, um “auto de constatação de embriaguez”, uma vez que a motorista apresentaria sinais aparentes de ingestão de álcool. 

Ela foi conduzida para a Central de Flagrantes para a tomada de medidas criminais e administrativas. Após ficar detida por um dia, a bióloga passou por audiência de custódia e foi liberada mediante pagamento de fiança de R$ 9,5 mil. 

Posteriormente, o juiz Jeverson Luiz Quinteiro aumentou para R$ 28,5 mil a fiança, atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual.

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