Após anunciar que vai pleitear a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) evitou maiores críticas aos conselheiros afastados, elogiando suas capacidades técnicas. Porém, reconheceu que o órgão falhou na fiscalização das obras da Copa de 2014.
“Esses conselheiros que foram afastados, muitos deles tem uma competência altíssima, anos se preparando, se capacitando. Espero que a justiça chegue ao ponto final a este respeito”, disse ele em entrevista a Rádio Capital nesta terça-feira (05), em Cuiabá.
Cinco conselheiros foram afastados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, por conta da delação do ex-governador Silval Barbosa. Eles são acusados de receberem propina para fazer “vistas grossas” na execução das obras do MT Integrado, da Copa do Mundo, e aprovar as contas do então governador.
Sobre as falhas cometidas pelo TCE, Maluf considera que erros devem fazer com que o órgão avance, aprimorando a fiscalização. “Eu sempre disse que nunca houve tantas falhas de controle como exemplo, as obras da Copa. Falha por parte do Tribunal, da Assembleia, da Caixa Econômica. O Brasil deve ser aonde tem mais órgãos controladores e no nosso Estado falharam todos. Mas eu acredito que o TCE seja um órgão que está procurando se aprimorar, é um órgão que apresenta um corpo técnico de excelência, e pode contribuir neste controle”.
No entanto, o deputado avalia que tem legitimidade para disputar a vaga que dve ter sua indicação nos próximos dias. No dia 31, o ministro do STF, Edson Fackin, revogou uma liminar que impedia a indicação de um membro da corte de contas, na vaga que pertencia a Humberto Bosaipo.
“Portanto a vaga será considerada livre e vai ter o processo de preenchimento desta vaga. Até demorou muito para essa vaga pudesse estar liberada, mas já é um consenso de que está vaga já é de indicação do poder legislativo”, frisou Maluf.
O deputado explica que qualquer um dos 24 deputados está habilitado para colocar o nome a disposição, por isso, apresentou seu nome, e busca construir uma candidatura. Ele considera que tem perfil adequado para o cargo, e a vaga favorece deputados que tem vários mandatos, principalmente aqueles que já ocuparam um cargo de destaque como presidente ou primeiro-secretário da Assembleia.
“Eu já estou no meu quarto mandato, continuo dando minha contribuição para sociedade. Eu pessoalmente me identifico com essa questão e vou trabalhar para que eu possa concorrer a vaga. Não existe um motivo para ser conselheiro, existe uma série de conjunturas que permite a construção deste projeto”.