PF prende falso enfermeiro que atuava em UPA de Cuiabá

Bruno Henrique de Siqueira Silva foi detido na manhã desta quinta-feira (14), pela Polícia Federal, acusado de se passar por enfermeiro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. Ele teria utilizado diploma falso para atuar na unidade de saúde.

A detenção do homem aconteceu durante a manhã, na própria UPA. Ele foi abordado pelos policiais e depois encaminhado para prestar depoimento. Porém, acabou liberado posteriormente, já que a carteira de enfermeiro é verdadeira.

Com isto, o acusado acabou liberado, já que este não seria um crime federal e sim de âmbito estadual. Os fatos foram repassados para a as autoridades responsáveis.

O gestão passada do Coren não teria feito a checagem devida e não verificou que o diploma seria falso. O fato foi percebido pela nova diretoria, que resolveu fazer uma auditoria em todos os diplomas emitidos nos últimos cinco anos.

Uma das ações propostas pela nova gestão do Coren é uma parceria que está sendo discutida com as faculdades e universidades que oferecem o cursos de Enfermagem, a fim de criar mecanismos de checagem dos diplomas, entre eles a conferência da lista de formados nas atas de colação de grau.
 
O presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Antônio César Ribeiro, explicou que o suspeito apresentou um diploma falso de gradução. “De alguma forma, ele conseguiu a credencial e está atuando como enfermeiro na classificação de risco, que é de suma importância, já que decide quem será atendido primeiro, dependendo da gravidade”.

 
Vídeo: Barbará Sá/RD News

Foi o próprio Coren quem acionou o Ministério Público Federal (MPF), que levou o caso ao conhecimento da Polícia Federal. O conselho chegou ao falso enfermeiro após investigar outro caso, ocorrido há alguns dias, ocasião em que foi apresentado o diploma do mesmo local e com as mesmas características.
 
A Prefeitura de Cuiabá informou que o suposto documento falso foi descoberto pelo Coren, órgão responsável pela emissão da carteira de identificação dos profissionais de enfermagem. Como o acusado portava tal credenciamento, o município explica que “não havia qualquer hipótese para se contestar a autenticidade do mesmo”.

Ainda conforme a prefeitura, o suspeito exercia as funções de enfermeiro desde 2017, e não apresentava quaisquer atos suspeitos até então. A nota acrescenta ainda que o próprio Coren verificando que a universidade apresentada no diploma não existia, reconheceu que errou  na confecção do documento e esteve à frente da prisão do suspeito.

O homem foi exonerado com efeito imediato. A Secretaria de Saúde do município ainda se colocou à disposição para auxiliar no caso.

Atualizada às 11h10, 11h24, 11h33 e às 12h40.

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