Mais de 100 casos de Leucemia podem ser diagnosticados em MT

Em Mato Grosso, a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica estima que 130 novos casos de leucemia podem ser diagnosticados, para cada ano biênio 2018-2019. O relatório aponta que os homens estão mais vulneráveis à doença em comparação as mulheres.  

Para conscientizar a população, o segundo mês do ano foi escolhindo para campanha fevereiro laranja para falar sobre a leucemia. Essa doença é considerada  um câncer pela medicina, que atinge a medula óssea, local de produção das células sanguíneas do corpo humano. 

A leucemia acontece quando essas células sofrem uma mutação genética e têm o seu desenvolvimento natural modificado. Neste caso, a estrutura funcional fica comprometida e as células doentes passam por um processo acelerado de multiplicação, ocupando o lugar de todas as células sadias. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que os tipos mais comuns de leucemia são: linfoide crônica, a mieloide crônica, a linfoide aguda e mieloide aguda. 

De acordo com Coordenadoria Epidemiológica do Estado de Mato Grosso, em cada 60 novos diagnósticos, estima-se um risco de 4,47 casos para um público de 100 mil mulheres. Já para o público masculino, são 70 novos casos, porém o risco estimando é menor, sendo de 3,79 casos para um público de 100 mil homens. O relatório aponta ainda que entre 2010 e 2016, a leucemia matou 578 pessoas, sendo que 300 eram homens e 278 mulheres.

Veja abaixo a tabela de estimativa em Mato Grosso:

Fonte: Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica do Estado.

A cura para doença

Quando mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de cura, pois, o corpo responde melhor ao tratamento. É importante o médico vai avaliar qual o tratamento mais indicado, já que tudo depende do estágio da doença. O paciente pode ser submetido ao processo quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. O objetivo é destruir as células doentes presentes na medula. 

Outra opção de cura para leucemia é o transplante de medula óssea. Neste processo, o doente recebe novas células que vão destruir as doentes e fazer com que medula óssea volte a produção de células sadias. No entanto, para realizar esse processo de cura, é necessário encontrar um doador compatível, o que é mais difícil, já que as chances de encontrar um doador compatível é pequena, sendo 1 para 100 mil doadores. Então, quanto maior o número de candidatos cadastrados no banco de dados dos Hemocentros do país, maiores as chances de encontrar um doador compatível.

Doação de medula óssea

O candidato deve ter de 18 a 55 anos, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (infecção pelo HIV ou hepatite) e não possuir histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).

Após o preenchimento da ficha de inscrição e do termo de consentimento, é colhido 10 ml de sangue do potencial doador que posteriormente é encaminhado (pelo MT – Hemocentro) aos Centros Credenciados e Especializados (Laboratórios de Imunogenética) para fazer o exame de Histocompatibilidade (HLA) – o estudo do teste de compatibilidade da medula óssea.

O teste de histocompatibilidade identifica a tipagem da medula do pretendente doador. O resultado da tipagem (HLA) e o cadastro são enviados pelos laboratórios de imunogenética ao Redome. Dependendo da doença e da fase em que se encontra, o paciente pode se beneficiar com uma forma específica de doação, o médico vai orientar a respeito da melhor forma de coleta de células.

Os dados do MT-Hemocentro revelam que, em 2017, a unidade encerrou o ano com 1.141 mil voluntários aptos a fazer doação de medula óssea. Em comparação ao ano anterior, os resultados mostram que, em 2018, o número de doadores subiu para 1.606 mil pessoas, cerca de 40% superior. Além disso, os resultados da unidade mostram que 1.565 mil pessoas estão aptas a doação em caso de compatibilidade com algum paciente.

Todos os candidatos cadastrados serão automaticamente incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), um banco de dados dos doadores do mundo todo. Mesmo que não seja encontrado um doador compatível, esses voluntários ficam cadastrados para um caso em que haja a compatibilidade.

Serviço

O MT-Hemocentro é coordenador e referência em hematologia e hemoterapia em Mato Grosso. Os candidatos interessados em doar medula óssea ou sangue que tiverem qualquer dúvida sobre o assunto, podem procurar a unidade que fica localizada na  Rua 13 de Junho, nº 1055, bairro Porto, em Cuiabá. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 17h30. Telefone de contato: (65) 3623-0044.

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