A pesquisa que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada nesta sexta-feira (22) pela Fecomércio-MT, registrou 87,5 pontos em fevereiro. O patamar atual é o melhor para o mês desde 2015, quando registrava 129,9 pontos. Apesar da queda, causada pela pior crise econômica do país, o índice vem apresentando consecutivas melhoras nos últimos meses.
Na variação mensal e anual da pesquisa, observou-se aumentos de 5,1% e de 5,5% no índice geral, respectivamente. A melhora também foi observada nas faixas de renda familiar. Nas famílias que recebem até 10 salários mínimos, o aumento observado foi de 4,8% tanto na variação mensal quanto anual. Para as famílias que recebem acima de 10 salários mínimos, o ICF registrou alta de 7,4% sobre o mês anterior e de 14% em relação a fevereiro passado.
Todos os componentes que envolvem a pesquisa também tiveram melhora no mês, com destaque para o nível de renda doméstica (8,4%), melhora profissional (7,7%) e acesso ao crédito (6,4%). Sobre a situação atual do emprego, 37% dos entrevistados afirmaram que se sentem mais seguro e 16% disseram que estavam desempregados. Na comparação com o ano passado, 29,6% afirmaram que se sentiam seguros com o emprego e 22% estavam desempregados na época.
A Fecomércio-MT acredita que o crescimento da economia, embora que ainda devagar, pode colaborar para melhores oportunidades em 2019. O aumento na geração de emprego no estado, com 26.736 novos postos de trabalho em 2018, deve contribuir para o aumento na intenção de consumo das famílias.
Mesmo com a melhora do índice no decorrer dos anos, o ICF permanece abaixo dos 100 pontos desde abril de 2015. Abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo.
Perspectiva de vendas para o comércio em 2019
Em processo de recuperação da economia, com as vendas no comércio varejista avançando 4,0% em 2017 e 5,0% no ano passado, a CNC estima que o volume de vendas deverá crescer 5,6% na comparação com 2018.