O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), se defendeu das acusações do Ministério Público Estadual (MPE) de que ele, e outros parlamentares, participaram de um esquema que resultou num suposto desvio de R$ 600 mil em Verbas Indenizatórias (VI’s), entre os anos de 2012 e 2015.
A denúncia foi feita com base na Operação ‘Dejá vú’. Além de Botelho, também são investigados o ex-deputado e atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o deputado Ondanir Bortolini (PSB), além dos ex-deputados Zeca Viana (PDT), José Riva e Wancley Carvalho (PV).
Segundo o presidente da Assembleia, a denúncia é antiga e já foi esclarecida aos promotores do MPE. Acrescentou que o delator do esquema não o conhece e a nota que ele apresentou como prova não existe.
“Essa nota não entrou na Assembleia, não existe a prestação de contas dela. Não conheço esse cidadão. Ele diz no depoimento que ele não me conhece”, disse o parlamentar em entrevista à imprensa na noite de ontem (27).
Botelho destacou que as provas são superficiais e que provará sua inocência. “Eu tenho certeza que essa denúncia não será aceita na Justiça”.
O prefeito Emanuel Pinheiro também se manifestou sobre assunto.
Disse, por meio de nota, que realizou todos os procedimentos legais em relação às verbas indenizatórias, que recebeu a denúncia “com muita estranheza” .
Acrescentou “que o processo judicial que se inicia será o instrumento para demonstrar a verdade dos fatos e, ao final, restará provado à lisura e o regular trato do dinheiro público por parte do Prefeito Emanuel Pinheiro”.
Na denúncia, o MPE detalha que os documentos públicos relacionados às verbas indenizatórias investigadas “simplesmente sumiram, seja dos escaninhos da Secretaria da AL/MT (onde deveriam estar arquivados os memorandos, como nos gabinetes de cada um dos parlamentares onde deveriam estar arquivadas as vias protocoladas e as notas fiscais que lastrearam o pagamento da indenização)”.
Pelo suposto desvio de R$ 600 mil, os investigados foram acusados de associação criminosa, peculato e destruição de documentos públicos da Assembleia Legislativa.