Comitê de Ação Preventiva contra o Aedes aegypti apresenta dados de infestação e define estratégias para 2019

Integrantes do Comitê de Ação Preventiva contra o mosquito Aedes aegypti, responsáveis por coordenar as ações de combate ao transmissor da dengue, zika vírus e da febre chikungunya reuniram-se nesta quarta-feira (27), no Palácio Alencastro para apresentar os dados de infestação e traçar estratégias de combate ao vetor em 2019.

Com relação aos dados, a gestora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), Moema Couto Silva Blatt alertou aos técnicos das Secretarias de Saúde, Serviços Urbanos, Ordem Pública, de Governo, Educação, Assistência Social, Meio Ambiente e da Defesa Civil que compõem o Comitê sobre os resultados do Índice de Infestação Predial (IIP) e do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa).

“Embora o IIP venha apresentando reduções nos últimos anos, os números ainda são considerados preocupantes, segundo categorização estabelecida pelo Ministério da Saúde. Na última pesquisa, divulgada em janeiro deste ano, onde foram inspecionados 11,1 mil imóveis, 15,4% dos estratos (cada estrato corresponde a 12 bairros) estão em situação de alto risco (8,0 a 15,9), 61,6% em risco (4,0 a 7,9) e 23 % em alerta (1,0 a 3,99). Já o LIRAa do mesmo período, aponta que 38% dos estratos estavam em situação de altíssimo risco. Não houve estratos com situação satisfatória (0 a 0,99) em Cuiabá e a região Sul da Capital é a que detém os maiores índices”, frisou.

A especialista ainda explicou que os alertas são emitidos semanalmente e encaminhados pelo CIEVS aos setores relacionados ao combate do mosquito. Ela advertiu que nos últimos boletins têm sido emitidos alertas sobre a ameaça de recirculação da dengue tipo II ou sorotipo DENV2, como também é chamado. Conforme o Ministério da Saúde, a circulação do DENV2 já está comprovada nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás – que fazem divisas com Mato Grosso.  “Este sorotipo produz quadros mais graves e de alta letalidade e pela lacuna temporal desde o último registro de casos pelo DENV2 em Cuiabá, em 2009, temos uma população não imune e, portanto, susceptível a adquirir a doença”, completou Moema.

AÇÕES

Nessa época do ano, o acúmulo de água agrava a situação e as ações não podem ser pontuais, mas de rotina durante todo o ano, combinadas com um trabalho de educação e em parceria com as demais secretarias. Dessa forma, os membros do Comitê deliberaram sobre as estratégias de conscientização e combate ao vetor.

“Dentre o planejamento estão a intensificação dos projetos ‘10 Minutos contra o Aedes’, ‘Mutirão da Limpeza’, Cata Treco e das ações realizadas pelo setor de Educação em Saúde da Zoonoses e do Programa Saúde na Escola. Juntos, os dois últimos visitaram e orientaram mais de 10 mil alunos municipais”, explicou o diretor da Vigilância em Saúde, Oscar Campos.

Ainda segundo ele, estão previstos dentre outros, a implementação do Projeto ‘Cidade Limpa’, Projeto Cuiabá 300: Equidade e Humanização e Projeto Agentes Mirins, “as ações de todos os programas e projetos, inclusive os últimos, serão formuladas e apresentadas em março, na próxima reunião do Comitê. E a partir daí, serão trabalhados rotineiramente incorporando às ações que já vêm sendo trabalhadas por cada um dos entes parceiros. Com o apoio de todos, teremos mais eficácia e conseguiremos avançar ainda mais na meta para combatermos esse perigoso mosquito”, finalizou Oscar.

O COMITÊ

O Comitê de Ação Preventiva ao Mosquito Aedes aegypti, instituído pelo Prefeito Emanuel Pinheiro no início do ano de 2017, por meio do Decreto Municipal nº 6.207, de 02 de janeiro é presidido pelo titular da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e envolve a participação de outras secretarias municipais. A coordenação está a cargo da Diretoria de Vigilância em Saúde por meio da Unidade de Vigilância de Zoonoses.

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