O Internacional estreia nesta quarta pela Copa Libertadores, em Santiago, movido pela ansiedade e pelo mistério. O técnico Odair Hellmann contou, em entrevista coletiva, que antes do primeiro jogo da competição contra o Palestino, do Chile, tem dormido pouco e sentido muita expectativa.
Esta será a primeira participação do treinador na Libertadores e o jogo em Santiago marca também o retorno do clube ao torneio após quatro anos de ausência. “Eu estou dormindo três horas por noite. Mas estou bem e com muita garra para fazer um bom campeonato. É isso que todos nós queremos, jogamos para isso no ano passado”, afirmou o treinador. O Internacional se classificou diretamente para a fase de grupos por ter sido o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro, em 2018.
Hellmann explicou que um dos desafios do elenco é a ansiedade, pois muitos jogadores terão pela primeira vez a oportunidade de jogarem uma Libertadores. “Toda estreia gera expectativa, mas temos jogadores experientes, campeões de Libertadores, e eles passam tranquilidade e força aos mais jovens. Penso que todo mundo tem uma noção muito boa do que é Libertadores, do que é esse enfrentamento”, afirmou.
O Internacional fez um treino tático fechado à imprensa pela manhã e depois viajou para Santiago, em voo fretado. A estreia será no estádio San Carlos de Apoquindo, que pertence à Universidad Católica. No mesmo grupo estão o atual campeão River Plate, da Argentina, e o Alianza Lima, do Peru, que será o adversário do clube gaúcho na próxima semana, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
A provável escalação do Internacional para a estreia deve ter: Marcelo Lomba; Zeca, Moledo, Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado, Edenilson, Patrick, William Pottker e Nico López; Pedro Lucas (Rafael Sobis). O clube vem de quatro vitórias consecutivas no Campeonato Gaúcho e, segundo o treinador, se apoia nessa confiança para começar bem a Libertadores. “Que possamos fazer uma grande estreia, um bom jogo e conseguir o nosso objetivo, trabalhamos muito forte para isso”, afirmou Hellmann.
O rival do Internacional na estreia, o Palestino, tem um ídolo em comum com o time gaúcho. O zagueiro chileno Elias Figueroa ganhou títulos pelas duas equipes nas décadas de 1970. Após ganhar dois Brasileiros pelo clube de Porto Alegre, com direito a marcar o gol na final de 1975, contra o Cruzeiro, o defensor se transferiu ao Palestino, onde foi campeão chileno, em 1978.