Dois macacos morrem na UFMT por febre amarela

Exames realizados em dois macacos encontrados mortos em dezembro de 2018, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), confirmam que os animais tinham febre amarela. Em documento encaminhado à universidade na semana passada, a Vigilância de Zoonoses de Cuiabá solicita que a UFMT informe qualquer caso de animal doente ou morto para “evitar a transmissão para as pessoas”.

A demora na entrega do laudo é justificada pelas normas estabelecidas pelo Ministério de Saúde, que determina que os diagnósticos têm que ser feitos em laboratório de referência regional. No caso de Mato Grosso, o laboratório referência é o Instituto Evandro Chagas, no Pará.

A Vigilância em Zoonoses destaca que à época da remoção do animal do zoológico da UFMT, foi cumprido o protocolo, com orientações no local e vacinação de pessoas que ainda não eram imunizadas.

A UFMT e a Vigilância de Zoonoses vão se pronunciar ainda hoje sobre o assunto.

Como a febre amarela é transmitida?

O vírus da febre amarela é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A doença não é passada de pessoa a pessoa. Há dois diferentes ciclos epidemiológicos de transmissão: o silvestre e o urbano. Apesar desses ciclos diferentes, a febre amarela tem as mesmas características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico.

No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.

Sintomas iniciais da febre amarela:

início súbito de febre;

calafrios

dor de cabeça intensa

dores nas costas

dores no corpo em geral

náuseas e vômitos

fadiga e fraqueza.

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