Segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta semana, que revela um crescimento no abate de 3,4% no país, no ano passado, atingindo cerca de 31,90 milhões de cabeças.
Na mesma pesquisa, é apresentado que os curtumes brasileiros processaram 35,10 milhões de peças inteiras de couro cru bovino em 2018, uma alta de 3,0% em relação a 2017.
A diferença entre o número de abates realizados e a comercialização de couro, chamou a atenção da diretoria do Sindicato dos Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT).
“Se foram abatidas 31,90 milhões de bovinos, como que o setor de curtumes declara ter recebido cerca de 35,10 milhões de peças? A conta não fecha, fica faltando declarar de onde saíram cerca 3,2 milhões de cabeças de bois”, analisa Paulo Bellincanta, presidente da entidade.
Bellincanta afirma que a preocupação do sindicato com estes dados demonstram com muita clareza um comércio ilegal do abate clandestino que está excessivamente alto e preocupante.
A falta de procedência dos produtos que são consumidos podem causar danos graves à saúde. O caso da carne merece atenção especial, pois se o alimento estiver contaminado, o consumidor pode ter intoxicações alimentares, além de contrair doenças.bÉ importante observar se o produto foi inspecionado o que garante a sanidade e a qualidade do produto.
Além de intoxicações alimentares, ingerir o alimento não fiscalizado pode ser a porta de entrada para doenças transmitidas dos animais aos homens, as chamadas zoonoses.
Para o empresário, a situação revela a falta de uma ação governamental tanto em relação ao aumento e rigor da atuação da vigilância sanitária, quanto de políticas públicas em relação a tributos mais leves para evitar a sonegação fiscal por parte do referido abate clandestino.