O governador Mauro Mendes (DEM) classificou como “oportunista” o posicionamento do dos deputados que fazem parte da oposição do governo. O Poder Executivo solicitou um empréstimo no valor de US$ 332 milhões, aprovado na 1º sessão na Assembléia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
“Estou pagando uma dívida que é de outros também. É só eles [deputados] atualizarem o discurso e ver que é um bom negócio para Mato Grosso. Alguns que criticam, há poucos dias atrás estavam defendendo. Sinal que é um argumento muito oportunista. Nós temos que parar com isso. Temos que fazer política falando a verdade”, afirmou o governador.
Os parlamentares Lúdio Cabral (PT) e Wilson Santos (PSDB) consideram que a transação endividará ao menos 4 gestões futuras, aliviando apenas o atual. Mendes, porém, afirma que a dívida não nasceu em seu governo.
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL) aprovou em 1ª votação , no dia 28 de março, o projeto para empréstimo de até US$ 332 milhões elaborado pelo Poder Executivo. Foram 17 votos favoráveis e 3 contras. Apesar do limite ser US$ 332 milhões, a intensão é contrair US$ 250 milhões. Votou contra, além de Lúdio e Wilson, o deputado Valdir Barranco (PT).
Para demostrar que o empréstimo beneficiará Mato Grosso, Mauro Mendes tentou fazer uma comparação. “Que dizer que um cidadão que compra uma geladeira e vai pagar R$ 2 mil em um ano, se ele dividir a mesma geladeira, pelo mesmo preço, sem aumentar o juros, para pagar em 5 anos, não é um bom negócio. Claro que é um bom negócio. Então é um bom negócio para o estado. Mas o que dói em alguns é não ter tido a competência de fazer quando estiveram lá. Eles estão vendo que estamos conseguindo fazer”, explicou.
O texto solicita autorização para que o Poder Executivo contrate um empréstimo no valor de US$ 250 milhões para ser pago ao longo dos próximos 20 anos a uma taxa de juros de 3,5%. A matéria vai para a Comissão de Constituição e Justiça antes de passar pela 2ª votação.
O governador Mauro Mendes (DEM) encara a transação como importante instrumento para a “curar” a atual crise financeira.