Pouco a pouco começam as movimentações para o pleito eleitoral de 2020.
Os partidos começam a se organizar, atrair lideranças e os possíveis nomes que possam vir a pleitear os cargos de vereador e prefeito dos munícipios.
As reuniões às portas fechadas se iniciam. Os cafezinhos, as conversas daqui e dali se tornam cada vez mais frequentes.
O assédio por parte dos dirigentes partidários se torna insuportável.
São promessas, acordos e negociações realmente atrativas e que brilham os olhos daqueles que estão dispostos a enfrentar as urnas no ano que vem.
Mas, calma! Não se deixe levar pela emoção.
A situação aqui é clara: é matemática básica! E o cidadão passa a ser visto pelo número de votos que já obteve ou que possa oferecer, dadas as situações separadas.
Tudo isso porque, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, um dos maiores desafios dos partidos nesse momento se tornou um só: conseguir aglutinar o maior número de lideranças de qualidade, que possam formar uma chapa equânime e que consiga eleger o maior número de vereadores possíveis.
No entanto, na contramão dessas corriqueiras práticas comuns nesse período, duas situações nos chama bastante atenção.
A Escola do Legislativo em parceria com o Instituto Memória e demais setores do Poder Legislativo Estadual, reavivou e trouxe para campo, com todo gás, o Projeto Educação Legislativa em movimento.
O projeto, que estava paralisado desde o ano passado, devido ao início ao processo eleitoral, retornou e com um único objetivo: descobrir novas lideranças e formar cada vez mais “Jovens Líderes” por todo o nosso Estado.
Um grande incentivo para jovens que irão votar pela primeira vez e querem participar do processo eleitoral, mas que não sabem como começar.
Seguindo nessa pegada, o vereador por Cuiabá, Felipe Wellaton (PV), inova com o lançamento do primeiro curso de formação para possíveis pré-candidatos, o PROTAGONIZE.
O curso além de ser totalmente apartidário, busca apresentar e desvendar aos pretensos pré-candidatos um pouco dos maiores desafios a serem enfrentados, além dos medos a serem superados, e principalmente da necessidade do surgimento de novas lideranças em nosso contexto político-social.
A ideia, em síntese, traduz-se no seguinte: fazer com que o cidadão saia do comodismo, deixe de ser coadjuvante e se torne um verdadeiro protagonista dos caminhos que trilham as políticas públicas em sua região.
É bonito de se ver pessoas querendo buscar o bem da sua cidade, se interessando pela política, se preparando para o processo eleitoral e deixando de lado essas costumeiras práticas desse momento.
É claro que quem está disposto a enfrentar ás urnas não pode se iludir.
O jogo é duro, e nem sempre honesto. O poder financeiro, infelizmente ainda possui força.
Mas, tenha algo em sua mente: dinheiro não é tudo!
Para ser bem sincero, o cidadão já não é mais bobo, e a leve sensação que fica é uma só.
Àqueles que não apresentarem uma ideia sólida e de futuro para o seu eleitor, e focar apenas no poder financeiro e no ato abominável de se “pendurar” na máquina pública para galgar o poder, terão uma verdadeira decepção nas urnas.
Adesivos, placas, milhares de carros plotados e as demais benécias provenientes do poder aquisitivo, podem até chamar atenção nas ruas da cidade.
Mas, a verdade é uma só: na hora do voto, será apenas você (eleitor) e a urna eletrônica. E, ali, é você quem decide!
Por fim, o que mais se espera é que se renove. Mas, que essa renovação não seja apenas de nomes, mas sim de princípios e valores.
E, que também, não vençam apenas os melhores, mas sim àqueles que realmente estejam dispostos, a abrir mão de seus objetivos pessoais e colocar os coletivos sempre em primeiro lugar.
Gabriel Guilherme é suplente de vereador por Cuiabá e estudante de Direito da Universidade de Cuiabá.