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Futura mamãe: Conheça os tipos de parto e benefícios para as gestantes

DA ASSESSORIA / JAQUELINE SIQUEIRA
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Da assessoria

Do descobrimento da gravidez até o parto a mulher sofre profundas alterações psicológicas e físicas. Uma das maiores preocupações é a forma que o filho virá ao mundo. É um momento inesquecível e carregado de expectativas e dúvidas. Qual a melhor via de nascimento: vaginal ou cesárea? Realizada no conforto de casa ou com a estrutura de um hospital? De cócoras ou dentro da banheira? É inevitável que essas e tantas outras questões mexam com a gestante e também com a família que aguarda ansiosa o bebê.

Independentemente do tipo de parto escolhido, para que a experiência seja positiva, é essencial que a opinião do obstetra e a vontade da mãe sejam acolhidas e respeitadas em todas as etapas, mesmo quando há imprevistos. Cada tipo de parto tem benefícios e desvantagens e pode ser mais ou menos adequado, de acordo com as preferências da família e o desenvolvimento do feto, mas obviamente, respeitando-se a segurança para o binômio, mãe-bebê.

Neste mar de possibilidades, os especialistas afirmam que não existe um tipo ideal de parto, embora o vaginal seja o mais indicado, por oferecer um ambiente mais seguro para a mamãe e bebê. Para que a decisão seja tomada de forma tranquila e assertiva, a gestante deve acompanhar o desenvolvimento do bebê por meio de um pré-natal, dando ao obstetra as condições necessárias para avaliar a saúde do feto e indicar a melhor opção.

“A decisão do tipo de parto é conjunta, entre obstetra, a gestante e a família. Durante as consultas, a futura mamãe deve conversar com o obstetra e expor seus medos e desejos em relação ao grande momento para que ele a oriente, esclareça e acolha. O parto deve ser escolhido baseado principalmente na saúde da grávida”, esclarece a médica coordenadora do Programa Parto Adequado (PPA) e do Comitê Educativo da Unimed Cuiabá, a obstetra Dra. Fernanda Monteiro Siqueira Juveniz.

TIPOS DE PARTO
Existem dois tipos de parto: o cirúrgico (cesárea/ cesariana) e o parto vaginal. Os partos vaginais são naturais, quase sem intervenções ou apenas se necessárias. Porém, nem sempre ele é possível. Nesses casos, é realizada a cesariana, que é uma cirurgia decisiva para garantir segurança à mamãe e ao bebê.

A cesárea é um procedimento cirúrgico e, por isso, a recuperação da mamãe é mais lenta, em comparação com parto vaginal, mas, atualmente, é considerado um procedimento seguro.

O parto vaginal favorece a imunidade do bebê
O parto vaginal pode ocorrer em ambiente hospitalar ou domiciliar, este último não indicado pela grande maioria dos obstetras por questões de segurança. A posição adotada para o parto é a de preferência da parturiente, podendo ser de cócoras, deitada, sentada numa banqueta, de pé ou mesmo na banheira. A tão temida “dor do parto” pode ser aliviada por vários métodos não farmacológicos de alívio da dor e, se necessário, pela analgesia de parto (anestesia).

Essa via de parto é indicada para a grande maioria das grávidas que não apresentam complicações, pois o organismo já se prepara para o nascimento. Os hormônios produzidos durante o trabalho de parto ajudam a acelerar a produção do leite, inclusive, e a controlar o sangramento no pós-parto.

Entre os principais benefícios estão a recuperação da mãe, que costuma ser mais rápida, além de menor risco de hemorragias, infecções e depressão pós-parto. Em condições ideais, o recém-nascido pode ir diretamente para os braços da mamãe, com contato pele a pele e amamentado logo após o nascimento.

Para o bebê, as principais vantagens são menores chances de problemas respiratórios, pois as contrações do útero fazem com que os pequenos expulsem qualquer líquido retido nos pulmões e a absorção de “boas bactérias” durante a passagem pelo canal vaginal, ajudando no fortalecimento do sistema imunológico.

“A espera, considerada por algumas pessoas como uma das desvantagens do parto vaginal, é extremamente importante e fisiológica, pois cada bebê precisa de um tempo para nascer. Além do mais, para os que já são pais, sabemos que os filhos nos ensinam que não adianta planejarmos detalhadamente as nossas vidas, não é mesmo? ”, considera Dra. Fernanda.

Outra teórica desvantagem dessa via de parto seria o “pique” (episiotomia), necessário em algumas situações, podendo causar desconforto no pós-parto, mas geralmente muito menos doloroso que o pós-operatório de uma cirurgia, como a cesariana.

CESÁREA: parto com anestesia, mas com recuperação mais lenta
É a via de parto feita por intervenção cirúrgica, onde se realiza um corte no abdômen da mulher para a retirada do bebê. Pode ser planejada ou de emergência. A cesariana deve ser indicada apenas quando há algum impedimento para o parto vaginal ou quando a mulher apresenta complicações, como placenta prévia (baixa), descolamento da placenta, problemas de coluna ou quadril, cardiopatia, diabetes gestacional descompensado ou hipertensão grave, entre outras indicações.

Quando realizada para preservar a saúde de mãe e bebê, as cesáreas salvam vidas, sendo este seu principal benefício. “Às vezes, mesmo induzindo o parto vaginal, se não houver dilatação, pode haver riscos à mãe e ao bebê, sendo necessária a cesárea”, complementa a Dra. Fernanda.

Entre as desvantagens estão a recuperação mais lenta da mãe, pois o processo de cicatrização no abdômen pode provocar dor, além de aumentar risco de infecção e hemorragia. O contato mãe e filho não ocorre imediatamente como no parto vaginal, pois nem sempre é possível que o bebê fique o tempo todo com a mãe, que está anestesiada para que a cirurgia continue e, após seu término, permanece por algumas horas numa sala de recuperação, adiando o início da amamentação.

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